Um dos membros da organização criminosa que atua no Bairro da Penha, em Vitória, Giovani Otacílio de Souza, o Paraíba, foi condenado, nesta sexta-feira (27), a 34 anos e oito meses de prisão em regime fechado. Ao todo, incluindo outras condenações, ele já totaliza uma pena de 128 anos. O julgamento foi realizado no Fórum de Vitória, no Centro.
Em setembro de 2019, ele já havia sido condenado a 38 anos de prisão. A condenação desta sexta-feira foi por um outro homicídio também ocorrido em 2014. Lázaro Mendes, considerado o seu segurança, também foi condenado e recebeu uma pena de 27 anos e dez meses de reclusão.
Segundo a sentença, assinada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Vinicius D. de Souza, os réus não poderão recorrer contra a decisão em liberdade. Considerando tratar-se de réus presos e, permanecendo inalterados os motivos que determinaram as suas prisões, bem como o montante da pena aplicada ser superior a 15 anos de reclusão, não poderão recorrer em liberdade, tanto mais agora depois da condenação, diz o texto da sentença.
Paraíba foi preso em 2017 com drogas, munições e armas, dentre elas uma pistola banhada a ouro. Na ocasião também foi detido com ele o outro acusado, Lázaro Mendes, que também sentou no banco dos réus pelo mesmo crime.
Os dois foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelo assassinato de uma vítima que acabou sendo enterrada como indigente, sem nunca ter sido identificada.
Segundo o processo, a vítima foi ao Bairro da Penha, em Vitória, em uma região conhecida como Ponto final, em busca de lideranças do tráfico que seriam ligadas a uma pessoa conhecida na região como Caco.
Mas, por engano, a vítima acabou indo parar em um outro local, num ponto de venda de drogas que pertencia à facção Trem Bala, e que na época era inimiga do grupo do Caco.
A vítima chegou a relatar aos seus inimigos, que pensava serem aliados, que havia acabado de deixar a prisão e que Caco o teria orientado a buscar apoio no local.
Segundo a denúncia, percebendo a falha da vítima, que se tratava de membro de grupo rival, Giovani teria ordenado o assassinato. Ordem cumprida por Lázaro e uma terceira pessoa que chegou a ser acusada, mas morreu durante o processo, junto com outros dois menores. Houve ainda a participação, no processo, de um terceiro menor.
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