Publicado em 10 de novembro de 2022 às 08:44
Um grupo de estelionatários que aplicava golpes pela internet foi descoberto pela Polícia Civil do Espírito Santo após os criminosos tentarem enganar o Secretário de Estado de Controle e Transparência, Edmar Camata, que também é agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
No último dia 3 de novembro, o secretário procurou a Delegacia Regional de Vila Velha porque desconfiou que poderia ser vítima de um golpe, após ter colocado o celular à venda em um site.
Após a denúncia, o delegado mandou uma equipe da Polícia Civil acompanhar o secretário até o local onde foi marcado o encontro com um motorista de aplicativo que iria receber o aparelho, na Praia da Costa, em Vila Velha.
De lá os policiais acompanharam o motorista até o bairro Santa Mônica em Guarapari, onde o celular foi entregue a um golpista. O homem foi preso em flagrante.
"Foi relativamente fácil de perceber que se trata de golpe porque as mensagens que a quadrilha manda por e-mail às vezes tem erro de português, às vezes são cópias das mensagens do aplicativo e eles mandam um motorista de aplicativo buscar o equipamento que você tá vendendo na sua casa e falam que o crédito vai acontecer por meio de aplicativo. E na hora que esse serviço de aplicativo foi buscar o objeto, um pouco antes, eu percebi que se tratava de um golpe e fiz contato com a delegacia de Vila Velha", contou o secretário.
Segundo os policiais, o preso confessou que trabalhava para um casal, uma mulher de 20 anos e um homem de 28 anos, de São Paulo. Ele recebia os objetos das vítimas e os encaminhava para o casal, e recebia R$ 100 por cada golpe.
Em um vídeo divulgado pela polícia (veja no início da reportagem) é possível ver o homem carregando equipamentos eletrônicos e comemorando um golpe que havia acabado de aplicar. Os nomes dos criminosos não foram divulgados pela polícia.
A polícia identificou que a quadrilha de estelionatários já fez vítimas no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Eles encontravam as vítimas em anúncios de venda de mercadorias na internet. Após a identificação, os infratores efetuavam o negócio com os vendedores e enviavam comprovantes de pagamento falsos. Em outras situações, informavam que o pagamento seria realizado após a entrega do produto.
O delegado disse que foram identificadas quatro vítimas do golpe, mas a polícia acredita que mais pessoas possam ter caído no esquema da quadrilha.
Nós pudemos perceber também nessa comunicações com o secretário quantas vítimas eles fizeram. Foram muitas e nós identificamos quatro, mas percebemos que os bens de muitas outras foram transferidos por esse representante capixaba aos líderes dessa organização em São Paulo", explicou o delegado Guilherme Eugênio.
Os líderes da organização criminosa foram indiciados pelos crimes de estelionato qualificado, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Além disso, a Polícia Civil também representou pela decretação de prisão preventiva de todos os envolvidos com a organização.
Com informações do G1ES
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta