O Secretário de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, afirmou que o Comandante-geral da Polícia Militar, Douglas Caus, suspeito de ter agredido a mulher na noite da última quarta-feira (2), em Vila Velha, continua no cargo normalmente. "Por ora (continua) sim, até que possamos ter maiores detalhes do que efetivamente aconteceu", afirmou.
A declaração foi dada pelo secretário durante coletiva de imprensa sobre a apreensão de uma tonelada de maconha, realizada na tarde desta quinta-feira (03). Ramalho alegou ainda que a equipe não compactua com nenhum tipo de violência e que o caso será apurado.
Questionado se a Corregedoria da PM vai abrir uma investigação sobre o fato, o secretário reforçou que aguarda o parecer da Polícia Civil sobre o caso e, dependendo do que for apurado, a corregedoria da corporação vai poder então, apurar os fatos.
Ramalho também foi questionado sobre como se sentia com essa suspeita envolvendo o braço-direito dele e disse que não iria comentar.
Por nota, a Polícia Civil informou que "um procedimento foi instaurado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Vila Velha, para apurar as circunstâncias do fato". Acrescentou ainda que "outras informações não serão repassadas para que a apuração dos fatos seja preservada".
A esposa do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, relatou que foi agredida por ele, segundo consta em dois chamados recebidos pelo Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), que A Gazeta teve acesso. O último registro aconteceu na noite desta quarta-feira (2), na residência da família na Praia de Itaparica, em Vila Velha.
O filho do casal acionou o Ciodes e relatou que os pais tinham chegado às "vias de fato" e estavam agressivos. No chamado, que foi classificado como "alerta vermelho", o filho ainda pediu um apoio com urgência, pois temia que algo de pior acontecesse.
Segundo o boletim do Ciodes, a esposa do comandante relatou aos policiais militares que tinha sido agredida pelo marido. Douglas Caus não estava presente no local quando os militares chegaram. Ainda de acordo com boletim, foi oferecido socorro médico e a condução da mulher para uma delegacia especializada, o que foi recusado pela esposa, que pediu que os policiais se retirassem do apartamento. Segundo os militares, a mulher estava bastante nervosa.
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