Um ano e um mês após o crime que chocou a população de Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo, começou, nesta quinta-feira (24), o julgamento dos três acusados de serem os mandantes do assassinato de Dionízio Gonzaga de Oliveira, de 42 anos, diretor do Sistema Nacional de Emprego (Sine) do município na época. Euclides Gomes da Silva, Elenilson Gomes da Silva e Fernanda Cassa Rodrigues — que era coordenadora do Procon Municipal — foram presos poucos meses após o homicídio. Na ocasião, o delegado Wilian Dobrovoski, que investigava o caso, afirmou que a morte havia sido motivada por “animosidades relacionadas ao trabalho”.
Dionízio foi morto no dia 23 de fevereiro de 2021 quando chegava ao trabalho, no bairro Margareth. Na época, a polícia informou que dois criminosos atiraram contra ele e fugiram, levando o carro do diretor — que foi encontrado abandonado a 3 km do local do crime, no sentido Boa Esperança.
Os acusados de serem mandantes do crime foram presos em julho de 2021, mas no momento da prisão as identidades deles não foram informadas pela Polícia Civil. Euclides e Elenilson estavam no Centro de Detenção Provisória de São Domingos do Norte, e Fernanda, na Penitenciária Regional de São Mateus.
Segundo apuração da repórter Rosi Bredofw, da TV Gazeta Norte, na manhã desta quinta-feira, foram ouvidas no Fórum de Nova Venécia duas das doze testemunhas do caso: o prefeito do município, André Wiler Silva Fagundes, e o delegado Wilian, titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
O irmão de Dionísio, Ananias Gonzaga de Oliveira, afirmou que a família espera que a Justiça seja feita. Já a advogada de defesa, Jaqueline Cazoti dos Santos, afirmou para reportagem da TV Gazeta Norte que os três acusados são inocentes, e que não há provas suficientes para a condenação.
Outro suspeito de envolvimento no crime, identificado como Virgilio Luiz dos Santos Oliveira, que teria dirigido o carro da vítima até o veículo ser abandonado, foi preso três dias após o assassinato e indiciado por homicídio qualificado. O julgamento dele será separado do processo dos supostos mandantes.
Já o atirador não foi capturado pela polícia e não teve o nome divulgado.
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