Serra
Um comerciante da Serra perdeu R$ 3 mil após um criminoso, se identificando como um suposto traficante do bairro Rosário de Fátima, ligar para ele e exigir dinheiro para o pagamento de “uma advogada para liberar um amigo preso”.
Segundo consta no boletim de ocorrência registrado pela vítima, o criminoso teria cobrado R$ 5 mil do comerciante alegando que, se o pagamento não fosse realizado, o estabelecimento dele seria metralhado no bairro Jardim Carapina.
Assustado, já que o criminoso tinha em mãos seus dados pessoais, o empresário enviou R$ 3 mil via Pix. Sem receber o valor total solicitado, o suspeito passou a exigir os R$ 2 mil restantes dizendo que, se o homem não enviasse o valor “na paz, iria sofrer represálias futuras”.
Segundo a Polícia Civil (PC), como o caso ocorreu no fim de semana, não é possível detalhar o que a corporação pode fazer diante da denúncia neste primeiro momento. “ Para apurar essa questão, precisamos do expediente administrativo dos cartórios das Delegacias para confirmar as informações, mas, como hoje não é um dia útil, só teremos acesso a esses dados na segunda-feira. Nos finais de semana, feriados e pontos facultativos, a assessoria só tem acesso às ocorrências e autuações do plantão vigente das Delegacias”, informou a PC, em nota.
No início deste mês, um comerciante de Rio Marinho, em Cariacica, sofreu um golpe parecido. Criminosos ligaram para ele, dizendo que eram traficantes, e ameaçaram matá-lo e incendiar a sua loja caso ele não fizesse transferências via Pix.
O boletim de ocorrência registrado pela vítima diz que, no telefonema, os bandidos disseram que eram do tráfico local e que precisavam de dinheiro para "ajudar os amigos". Conforme apuração da repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, os criminosos aproveitaram que, mais cedo, tinha acontecido um duplo homicídio em um bairro vizinho, para dizer que pessoas inocentes haviam sido presas e eles queriam a quantia para pagar os advogados dos comparsas. Mas era tudo mentira.
Eles afirmaram conhecer todo o procedimento do comércio, e disseram que iriam matar o proprietário, a família dele e os funcionários, além de incendiarem a loja, caso ele não obedecesse.
"A todo momento eles falavam que viriam colocar fogo na empresa, que tinham mandado os meninos passarem lá e se eu não ajudasse iriam matar a mim, minha família, funcionários e todo mundo que estivesse na loja. Toda uma tortura psicológica. A gente acabou acreditando, devido aos fatos que aconteceram durante o dia, que foi um fato real, e eles aproveitaram para fazer essa tortura com os comerciantes", declarou o empresário, em entrevista à TV Gazeta. Ele preferiu não se identificar.
Os bandidos então passaram dados de Pix para que a vítima fizesse as transferências para três contas diferentes.
Enquanto isso, usando outro telefone, a esposa da vítima entrou em contato com a polícia. "Eles orientaram a desligar o telefone e falaram que se tratava de um golpe novo. A gente foi dar queixa e o policial na delegacia falou que os bandidos ficam antenados nas coisas que acontecem nas regiões, se aproveitam dessas informações para extorquir empresários da região", detalhou a mulher.
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