> >
Como endereço de TV na internet levou a polícia a desvendar furto em Cariacica

Como endereço de TV na internet levou a polícia a desvendar furto em Cariacica

Por meio do IP –  espécie de endereço digital em códigos do aparelho na internet – a Polícia Civil localizou e recuperou uma SmartTV, que havia sido roubada em uma casa localizada no município no dia 5 de dezembro de 2020, e a devolveu aos donos

Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 14:05- Atualizado há 4 anos

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Cariacica
Fernando Trancoso, à esquerda, esteve nesta manhã na delegacia e recuperou a televisão que havia sido furtada. (Murilo Cuzzuol)
Como endereço de TV na internet levou a polícia a desvendar furto em Cariacica

Polícia Civil recuperou uma televisão que havia sido furtada no início de dezembro de 2020, em Cariacica, e na manhã desta quinta-feira (28) o eletrodoméstico foi devolvido aos donos. Até aqui, uma situação policial corriqueira. Mas um fato chama a atenção: foi por meio do IP – espécie de endereço digital em códigos do aparelho na internet – que os investigadores conseguiram rastrear onde o aparelho estava e, posteriormente, identificar os responsáveis pelo furto e pela receptação.

Segundo o delegado do 16º Distrito Policial, André Landeira, o furto ocorreu no dia 5 de dezembro. No dia seguinte, os proprietários da casa de onde o aparelho foi subtraído foram à delegacia registrar a ocorrência, já de posse dos acessos à Netflix que haviam sido feitos na TV pela pessoa que estava com o televisor. Com esta informação, a polícia iniciou a investigação.

"É como se fosse um celular roubado. Os computadores e essas TVs mais modernas 'avisam' quando há uma tentativa de acesso fora do padrão habitual. São enviados avisos para os e-mails cadastrados e vinculados à pessoa ou perfil do dono. E foi o que ocorreu. Quando a pessoa acessou a Netflix, o dono da TV recebeu as várias notificações de acesso. Foi quando ele veio à delegacia, já de posse desses protocolos, e iniciamos a investigação", explicou o delegado.

Pelo número do IP do aparelho de TV, a polícia chegou até uma residência no bairro Santa Bárbara, no mesmo município. O monitor de 50 polegadas não foi encontrado no local e a pessoa que aparecia como responsável pelo endereço que constava nos acessos explicou que ele apenas compartilhava o sinal de internet com outras pessoas. Com essa informação, os investigadores, então, forjaram um problema no sinal para identificar com quem o aparelho estava.

RECEPTADOR

Assim que notou o problema na conexão, o receptador da TV furtada entrou em contato com o fornecedor de internet, que por sua vez, o repassou à polícia. Desta forma, a Polícia Civil conseguiu localizá-lo e na casa dele encontrou o aparelho. Ao ser abordado, o homem contou que havia comprado a televisão através de um anúncio em uma plataforma de vendas on-line e pagou cerca de R$ 1,6 mil – o televisor havia sido comprado por quase R$ 5 mil.

Cariacica
Sem saber que negociava um aparelho roubado, o receptor comprou a TV de 50 polegadas por R$ 1,6 mil. (Divulgação/Polícia Civil)

Com o prosseguimento das investigações, a polícia concluiu que o receptor não agiu de má-fé e sem saber que o produto era proveniente de furto. Além disto, com a colaboração do homem que havia comprado o aparelho, os policiais identificaram o responsável por levar a TV da residência ainda em dezembro de 2020.

Na última segunda-feira (25), segundo o delegado, o acusado compareceu à Delegacia Regional de Cariacica, mas reservou-se ao direito de permanecer calado. Contra ele já havia processos por roubo majorado (com utilização de arma), furto qualificado de bicicleta, crime pelo qual já havia sido preso, e também por furto à residência, em Vila Velha.

Este vídeo pode te interessar

André Landeira explicou que o acusado responderá por furto qualificado e pode pegar uma pena que vai de 3 a 8 anos de prisão. Além da televisão, ele subtraiu um celular e ainda um aparelho de som, mas estes dois não foram encontrados.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais