A quadrilha alvo da Operação Fake Mail, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (9) no Espírito Santo e em Minas Gerais, se passava por prefeituras e outros órgãos públicos para conseguir aplicar golpes e retirar dinheiro da Caixa Econômica Federal.
A reportagem de A Gazeta apurou que o grupo criminoso verificava que determinados órgãos públicos, associações e prefeituras tinham dinheiro em contas da Caixa. A partir daí, criava ofícios fictícios e mandava esses documentos falsos para o banco via e-mail.
Esses ofícios solicitavam que o dinheiro fosse transferido da conta desses titulares para a conta dos membros da quadrilha. Em muitas ocasiões, o gerente do banco fazia a transferência sem observar que o ofício não era verdadeiro.
Como os ofícios fraudulentos não partiam dos titulares da conta, que eram órgãos públicos, o dinheiro das contas caía nas contas do grupo criminoso.
A quadrilha fazia então uma "ciranda financeira" – termo usado pela Polícia Federal para explicar a transferência do dinheiro para outras contas –, para dificultar o rastreio da origem dos recursos.
Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Domingos Martins e Marechal Floriano, na Região Serrana do Espírito Santo, além de Vila Velha e Cariacica, na Grande Vitória, e Betim, em Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, capital mineira.
Os investigados responderão pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 11 anos de prisão e multa.
A investigação da Polícia Federal em Minas Gerais conta com o apoio da Superintendência da corporação no Espírito Santo, da Diretoria de Inteligência Policial e da Secretaria de Estado da Justiça capixaba (Sejus).
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