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Como Serviço Secreto dos EUA impediu ataque a escola do ES

Como Serviço Secreto dos EUA impediu ataque a escola do ES

O monitoramento feito nos Estados Unidos contribuiu para que o adolescente não cometesse um atentado em uma escola do Espírito Santo

Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 13:44

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura

O atentado a uma escola capixaba planejado por um adolescente de 13 anos foi evitado graças a uma investigação do Serviço Secreto dos Estados Unidos. A ação teve colaboração da Homeland Security Investigations (HSI) e contou com a participação da Polícia Civil do Espírito SantoO garoto arquitetou o ataque após receber notas baixas no colégio.

A polícia capixaba explicou que as entidades americanas monitoram alguns possíveis ataques planejados através da internet e identificaram o comportamento do adolescente capixaba e de outras duas pessoas, um menor de 15 anos morador de Minas Gerais, e uma jovem de 21 anos do Pará.

Após constatarem que os três planejavam atentados, os órgãos americanos acionaram o Brasil, através do Ministério da Justiça e Segurança Pública. As informações então foram compartilhadas por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) e do Laboratório de Operações Cibernéticas com a Polícia Civil do Espírito Santo.

Coube aos policiais da início às investigações em solo capixaba na busca do adolescente. O menor foi identificado e se tornou alvo da Operação Escola Segura, ocorrida na manhã desta quinta-feira (2). Para cometer o crime, o adolescente começou, inclusive, a pesquisar na internet como comprar uma arma e se inspirou nos ataques de Realengo (RJ) e Suzano (SP)

Casa do adolescente alvo de operação em Cariacica
Casa do adolescente alvo de operação em Cariacica. (Polícia Civil)

ENTENDA O CASO

As investigações da polícia mostram que, após descontentamento pessoal com a queda das notas na escola, o adolescente começou a pensar em cometer o atentado. Segundo a Polícia Civil, em outubro, o garoto passou a conversar com um outro adolescente, de 15 anos, morador de Minas Gerais, que também planejava um ataque no próprio Estado.

O titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, explicou que ficou constatado que o adolescente tem um transtorno psicológico e que falava em suicídio e em cometer o ataque.

O adolescente capixaba e o garoto de Minas Gerais planejavam juntos o ataque. Segundo o delegado Brenno Andrade, a expectativa deles era colocar em prática no prazo de dois anos. Uma mulher de 21 anos, do Pará, também foi alvo, mas não tinha ligação direta com os dois adolescentes. 

A polícia capixaba questionou o adolescente sobre em qual escola ele cometeria o atentado, mas ele não explicou. Os policiais confirmaram apenas que seria um ataque a tiros em alguma unidade educacional.

OPERAÇÃO ESCOLA SEGURA

A Operação Escola Segura, que o adolescente foi alvo, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (2) no Espírito Santo, em Minas Gerais e no Pará. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos três Estados. Todos os suspeitos confessaram a intenção de cometer os atentados. Após serem ouvidos pelas polícias, todos foram liberados.

Pais e responsáveis

Durante a coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (2), o delegado Brenno Andrade fez um alerta para que os pais fiquem atentos ao comportamento dos filhos e deu algumas dicas:

- Monitore o que o adolescente ou criança está vendo na internet;

- Fique atento com quem o filho está conversando;

- Avalie por quanto tempo os filhos estão conectados a computadores ou celular.

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