A Polícia Federal (PF) está perto de concluir as etapas para a formação de uma força-tarefa para integrar as forças de segurança no Espírito Santo. A declaração foi dada pelo Superintendente da Polícia Federal no Estado, Eugênio Ricas, em entrevista à TV Gazeta. O objetivo é unir Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), polícias Civil e Militar, guardas municipais de Vitória e Vila Velha e o sistema prisional em um mesmo local para trabalharem juntos contra o crime organizado.
Segundo Ricas, a estrutura para abrigar os representantes das forças de segurança e os recursos já estão garantidos. O trabalho será focado, principalmente, no combate ao tráfico de drogas e armas no Espírito Santo.
“A PF vai financiar todo o projeto. A PF já identificou imóvel, está licitando a reforma dele. Ali, vamos contar com a PRF, com a PM, com a PC, com as guardas de Vitória e Vila Velha e com o sistema prisional. Cada força de segurança tem seus conhecimentos e seus sistemas. Imagina colocar todo mundo trabalhando em conjunto, trocando informações, trabalhando principalmente em investigação de tráfico de armas e tráfico de drogas”, disse.
O superintendente afirmou que o objetivo é desarticular as grandes organizações criminosas, com investigações aprofundadas e que tirem recursos importantes dos grandes chefões do tráfico.
“Não é prender o pequeno traficante, porque isso vai superlotar as cadeias, não traz resultados e não abala a estrutura das organizações criminosas. O que a gente quer é descapitalizar essas organizações criminosas, fazer investigações mais profundas, que vão demonstrar efetivamente quem é o grande traficante para pegar os recursos desse traficante. Bloquear conta bancária, apreender imóvel, carro, embarcação, avião. Acabar com essa organização criminosa”, destacou.
Perguntado como esse trabalho pode trazer segurança às comunidades da Grande Vitória que vivem em meio à violenta guerra do tráfico de drogas, inclusive com o uso de armas de grosso calibre por parte dos criminosos, Ricas afirmou que esse trabalho já vem sendo realizado e será aprimorado.
“Nós temos mapeado a rota da entrada de armas. Em regra, as armas curtas vêm do Paraguai. As armas longas vêm dos Estados Unidos. A PF continua fazendo esse trabalho intensamente. O que a gente propõe aqui é trabalhar de forma integrada com as outras forças de segurança e atacar o que vem acontecendo na Grande Vitória. Apreender esses fuzis, identificar quem trouxe esses fuzis, prender esses criminosos e traficantes de drogas. Mas prender e colocar muito tempo atrás das grades, não dá para prender e colocar um ou dois anos. Isso acontece porque as provas talvez não estejam bem feitas, a gente precisa melhorar isso”, ressaltou.
A assinatura dos termos de cooperação terá início na próxima segunda-feira (20), na sede da Polícia Federal no Espírito Santo, em Vila Velha. O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, vai assinar o documento representando a Guarda da Capital, que será o primeiro parceiro a aderir à proposta da força-tarefa.
De acordo com Ricas, a ideia é que integração seja posta em curso ainda em 2021. “Na segunda-feira (20), a gente já inicia a assinatura do termo com membros que já se propuseram a aderir essa proposta. A minha ideia é que até dezembro a gente coloque essa força-tarefa funcionando”, completou.
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