Foi preso na manhã deste sábado (29) o companheiro da avó da criança de 11 anos que foi estuprada e acabou engravidando no Norte do Espírito Santo. Levado para a delegacia, ele está prestando depoimento. Há ainda outro suspeito, o padrasto da criança, que tinha sido preso e foi liberado na noite desta sexta-feira (28), mas segue sendo investigado.
O homem preso neste sábado (29) vive com a avó, que possui a guarda da criança que foi estuprada. Segundo o Ministério Público, ele estava sendo procurado pela polícia da Região Norte desde a última sexta-feira (28), e se apresentou à delegacia da região com seu advogado. Como havia um mandado de prisão contra ele, em aberto, foi preso pelo delegado local.
A identidade e fotografias dos suspeitos, assim como a cidade onde os fatos ocorreram, não estão sendo divulgadas nesta reportagem para evitar que a criança possa ser identificada.
O outro suspeito, o padrasto da criança, foi solto na noite desta sexta-feira (28). Ele foi liberado, mas terá que cumprir algumas medidas de restrição, como não sair de casa ou ter contato com os demais familiares da criança. Segundo o Ministério Público, ele continua como suspeito do crime e segue sendo investigado.
O advogado Henrique Bussu da Silva informou que o padrasto - de quem faz a defesa -, estava sendo trazido para o Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha. Antes, conseguimos que ele fosse ouvido pelo delegado que está conduzindo as investigações. Com base nas informações por ele prestadas, foi decidido pelo relaxamento da prisão, com algumas restrições, como não sair de casa ou ter contato com o restante dos familiares. Ele foi liberado às 18h desta sexta-feira (28), informou Bussu.
Ao delegado, o padrasto negou as acusações de que teria estuprado a menina de 11 anos. Ele nega todas as acusações. Diz que há conflitos envolvendo os demais familiares e que foi alvo de armações, relata Bussu.
Outra informação vinda do padrasto é de que ele reside distante da casa onde a criança mora. A casa do meu cliente fica a uns quatro quilômetros de distância da residência da menina. E ele afirma que ela não visita a mãe com muita frequência e que teve muito pouco contato com ela, explica o advogado.
A expectativa agora, segundo Bussu, é da realização do exame de DNA, caso seja realizado o procedimento de aborto na criança. Meu cliente espera que o exame de DNA possa ser realizado, para que assim possa provar a sua inocência, explica.
A garota de 11 anos, moradora do Norte do Espírito Santo, foi estuprada e está na oitava semana de gestação, segundo comprovação de laudo médico. A descoberta ocorreu após a ela ser atendida em uma unidade de saúde da cidade, onde exames confirmaram a gravidez.
O caso segue sob segredo de Justiça, mas a reportagem de A Gazeta apurou que dois homens são suspeitos de abusar da criança: o padrasto, que chegou a ser preso e que foi liberado nesta sexta-feira (28), e o companheiro da avó da criança, que foi preso neste sábado (29).
Ainda de acordo com fontes de A Gazeta, a interrupção da gestação aborto legal foi pedida à Justiça já que a gestação coloca em risco a vida da criança. Exames teriam confirmado que a menina também está com descolamento de placenta.
No início da noite desta sexta-feira (28), a menina teria sido hospitalizada para a realização do aborto legal. Mas os familiares da garota negam a informação.
O advogado da família, Décio de Oliveira, nega que a menina tenha sido conduzida para um hospital para realizar os procedimentos de aborto. Ela foi levada para uma outra cidade, onde está amparada pelos familiares, informou.
Segundo ele, a criança mora com a avó, que possui a sua guarda. Ela seria cuidada ainda por uma tia. No momento a criança está bem, sendo amparada pelos familiares, explicou.
Em nota, o advogado acrescentou que nega o envolvimento do companheiro da avó. É importante esclarecer que o caso está sendo investigado e existem informações repassadas não condizentes com o depoimento da menor, que afirmou a prática do fato por apenas um indivíduo.
Disse ainda no mesmo texto que não foi adotada nenhuma medida legal quanto à interrupção da gravidez ocasionada pelo crime, e que a vítima sequer foi submetida a atendimento médico por profissional ginecologista/obstetra até o presente momento.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta