Um dos membros da organização criminosa que atua no Bairro da Penha, Giovani Otacílio de Souza, o Paraíba, será novamente julgado na manhã desta sexta-feira (27) por um homicídio ocorrido em 2014. Paraíba é apontado como mandante do crime. Em setembro de 2019, ele já havia sido condenado a 38 anos de prisão por outro assassinato.
Paraíba foi preso em 2017 com drogas, munições e armas, dentre elas uma pistola banhada a ouro. Na ocasião também foi detido com ele Lázaro Mendes, que sentará no banco dos réus para ser julgado pelo mesmo crime.
Os dois foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelo assassinato de uma vítima que acabou sendo enterrada como indigente, sem nunca ter sido identificada.
Segundo consta no processo, a vítima foi ao Bairro da Penha, em Vitória, em uma região conhecida como ponto final, em busca de lideranças do tráfico que seriam ligadas a uma pessoa conhecida na região como Caco.
Mas por engano, a vítima acabou indo parar em um outro local, num ponto de venda de drogas que pertencia à facção Trem Bala, e que à época era inimiga do grupo do Caco. A vítima chegou a relatar aos seus inimigos, que pensava serem aliados, relatou que deixara a prisão e que Caco o teria orientado a buscar apoio no local.
Segundo a denúncia, percebendo a falha da vítima, que se tratava de membro de grupo rival, Giovani teria mandado executá-la a tiros. Ordem teria sido cumprida por Lázaro e uma terceira pessoa que chegou a ser acusada, mas morreu durante o processo, junto com outros dois menores. Houve ainda a participação, no processo, de um terceiro menor.
O julgamento acontece no Fórum Criminal de Vitória, a partir das 9 horas desta sexta-feira (27). Os réus estão presos. No site do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) há pelo menos quatro decisões mantendo a prisão preventiva dos réus, sendo três delas ocorridas ainda este ano. A reportagem não conseguiu retorno dos advogados de defesa dos réus.
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