Um homem, de 47 anos, condenado pelo latrocínio que resultou na morte de um policial militar na Serra, em 2006, foi preso no bairro Jesus de Nazareth, em Vitória, na tarde desta terça-feira (4).
Jeferson Broseghine de Andrade é acusado de arquitetar o roubo de um malote de dinheiro do supermercado em que trabalhava em Serra-Sede, enquanto a quantia era transportada até um banco, sob escolta do policial José Raimundo de Souza Neto, que atuava como segurança para o estabelecimento em dias de folga.
O processo contra Jeferson e os demais envolvidos no crime tramita desde 2006. Eles chegaram a ter a prisão decretada em outros momentos, mas a Justiça concedeu o direito de recorrerem em liberdade. No último dia 29, o mandado definitivo de prisão de Jeferson foi expedido pela Justiça capixaba.
Weleson Vieira de Souza, diretor de Operações da Polícia Penal, explica que policiais estiveram na residência de Jeferson, a fim de efetuar a prisão, mas, como não o encontraram, passaram a monitorar o veículo que ele utilizava. Nesta tarde, ao passar pelo Cerco de Segurança da Guarda Municipal de Vitória, o veículo foi seguido e abordado.
“Ele não tem passagem, nem registro de envolvimento em outros crimes. Trabalhava, inclusive, como supervisor em uma empresa de segurança, que é de São Paulo, mas tem uma filial aqui”, explicou Souza.
A Guarda Civil Municipal de Vitória informou que, em conjunto com a Polícia Penal, foi possível alcançar o veículo e realizar a abordagem.
“Contra o indivíduo havia um mandado de prisão pelos crimes de latrocínio e formação de quadrilha. Ele foi condenado há 21 anos de reclusão pelo crime de roubo seguido de morte. O detido foi levado para a Delegacia Regional de Vitória".
A Polícia Civil esclareceu, em nota, que a ocorrência está em andamento no plantão vigente e que somente após a conclusão das oitivas haverá informações sobre o procedimento que será adotado pelo delegado da Central de Teleflagrante.
A reportagem tenta localizar a defesa de Jeferson e o espaço está aberto para posicionamentos.
Jeferson Broseghine de Andrade atuava na tesouraria de um supermercado, transportando valores diariamente, e, foi quem passou todas as informações a três comparsas, de modo a facilitar o roubo.
Os comparsas permaneceram em uma padaria próxima ao local do crime, por aproximadamente 20 minutos, até receberem um telefonema de Jeferson sobre o veículo em que o malote seria transportado.
“Quando Jeferson aproximou-se da padaria, ele parou o carro, facilitando a ação. Eles não deram chance de defesa ao PM, porque sabiam que estava armado”, disse o delegado Gilson Rocha à época.
No momento do crime, Jeferson dirigia o carro e já havia comunicado aos demais que deixaria a janela do seu lado aberta, para facilitar.
Eles foram cercados, e dois homens, que tinham ficado na calçada, anunciaram o assalto, com armas em punho, sendo que outro ficou no veículo que usariam para a fuga. Nesse momento, o policial sacou a arma e eles atiraram diversas vezes, enquanto o Jeferson saia do veículo. O dinheiro e a arma do policial foram roubados.
O processo contra Jeferson e os demais envolvidos no crime tramita desde o fim de setembro de 2006. Eles chegaram a ter a prisão decretada em outros momentos, mas justiça concedeu o direito de recorrerem em liberdade.
José Raimundo de Souza Neto tinha 38 anos quando foi morto, e fazia parte da Polícia Militar desde 1990.
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