> >
Confronto termina com 3 detidos e submetralhadora apreendida em Linhares

Confronto termina com 3 detidos e submetralhadora apreendida em Linhares

Fato ocorreu no bairro Santa Cruz, na tarde de quinta (3); à PM, um dos suspeitos disse que foi motivado por um ponto de tráfico de drogas que ele perdeu quando ficou preso

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 10:29

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Material apreendido após confronto armado no bairro Santa Cruz, em Linhares
Material apreendido após confronto armado no bairro Santa Cruz, em Linhares. (Divulgação/PMES)

Um confronto armado entre grupos rivais terminou com três pessoas detidas e uma submetralhadora apreendida no residencial Jocafe, no bairro Santa Cruz, em Linhares, no Norte do Espírito Santo. O conflito ocorreu em plena luz do dia, na tarde de quinta-feira (3). Segundo a Polícia Militar, a motivação das trocas de tiros seria uma disputa por um ponto de tráfico de drogas na região.

Conforme o boletim de ocorrência da PM, quando as equipes chegaram até o bairro observaram os moradores assustados. Alguns deles relataram aos militares que houve diversos disparos próximos à praça do bairro e que se estendeu para outras ruas.

Perto de um bar, foi localizado um carro Renault Kwid branco, com identificação de uma empresa que faz corridas por aplicativo. Um passageiro, que estava no banco traseiro, tentou se esconder quando a equipe passou pelo local, mas foi visualizado e abordado. Ele foi identificado como Gabriel Corrente da Silva, de 19 anos. Ao ser questionado se havia deixado algo no veículo, o jovem confessou que tinha uma submetralhadora em uma bolsa preta.

Os policiais verificaram e constataram a arma no local, com um carregador com cinco munições intactas e um celular. O motorista do Kwid mostrou aos militares que a corrida foi chamada pelo aplicativo e tinha como destino o bairro Nova Esperança. Conforme o registro policial, uma denúncia anônima informou que Gabriel era um dos participantes do confronto.

Perguntado sobre o ocorrido, o suspeito confessou e afirmou aos agentes que queria tomar o ponto de venda de drogas que havia perdido durante o período em que ficou preso. E relatou que tinha comparsas dos bairros Nova Esperança e Movelar.

Depois, a equipe policial foi até o local onde os envolvidos tinham combinado de se encontrar no bairro Nova Esperança. Foi feito um cerco e os policiais localizaram um adolescente. O jovem informou que escondeu um revólver debaixo do travesseiro da cama. Os policiais encontraram a arma onde o menor disse que estaria, municiada com 6 munições intactas de calibre .32, o mesmo calibre de uma munição que uma criança encontrou na rua onde aconteceu o confronto e entregou para a PM.

Com o adolescente havia ainda uma sacola com 97 pedras de crack, uma bucha de maconha, uma munição intacta de calibre .32 e R$ 306 em espécie. A mãe do jovem informou que não tinha conhecimento de que o filho mantinha em casa o material ilícito. Foi verificado no sistema que o menor tinha dois mandados de busca e apreensão, sendo um deles por homicídio.

Depois disso, a PM foi até o bairro Movelar, no endereço de outro comparsa que teria atuado no confronto. Lá, os militares perceberam uma correria aos fundos da casa e avistaram dois indivíduos pulando um muro. Foi montado um cerco no quarteirão e moradores relataram aos policiais que três pessoas fugiram, uma delas com uma submetralhadora em mãos.

Nas buscas realizadas, nenhum suspeito foi localizado. Os policiais foram até a casa indicada como do suspeito envolvido no crime e lá foram atendidos por uma mulher, que informou que residia ali e não viu ninguém correndo. Na casa, os agentes encontraram uma touca ninja, mas a moradora disse que não sabia de quem era.

Segundo o boletim de ocorrência, a equipe da PM recebeu uma denúncia de que a mulher da casa era mãe de um dos suspeitos. Ela tentou enganar os policiais dando nomes falsos, afirmou a corporação. Os policiais aprofundaram as buscas no sistema e identificaram o nome do suspeito e o nome da mãe, com foto de identidade e puderam identificar que era a dona da residência.

A corporação deu voz de prisão à mulher por não prestar as demais informações. Por não assumir o termo de compromisso, ela foi encaminhada para a Delegacia Regional de Linhares, assim como o adolescente e o primeiro homem encontrado com uma submetralhadora dentro do carro.

Segundo a PM, os indivíduos detidos com as armas e drogas são suspeitos de praticarem também outros confrontos armados em Linhares, na disputa por pontos de vendas de drogas. O outro comparsa envolvido, filho da mulher detida, fugiu com outro rapaz identificado.

A reportagem de A Gazeta solicitou mais informações à Polícia Civil sobre o caso. Em nota, a corporação afirmou que  o suspeito, de 19 anos, conduzido à Delegacia Regional de Linhares, foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas majorado. Após os procedimentos, ele foi encaminhado à Penitenciária Regional de Linhares (PRL).

A suspeita assinou um Termo Circunstanciado (TC) por atribuição de falsa identidade e foi liberada, comprometendo-se a comparecer em juízo. Já o adolescente foi autuado em flagrante por ato infracional análogo aos crimes de posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, sendo encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases).

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais