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Confusão em entrega de lanche termina com buzinaço e rojões em Vila Velha

Confusão em entrega de lanche termina com buzinaço e rojões em Vila Velha

Grupo de motoboys foi protestar e acabou danificando o portão e o telhado e quebrou o vidro traseiro do veículo do cliente que se envolveu em confusão com um entregador de lanches

Publicado em 3 de junho de 2024 às 13:53

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Uma confusão devido a uma entrega de lanche terminou com um grupo de motociclistas promovendo um buzinaço e soltando fogos de artifício em frente à casa do cliente na Praia da Costa, em Vila Velha, na noite de domingo (2). Segundo a Polícia Militar, o motivo do tumulto seria o atraso para entregar o produto ao cliente.

Um motoboy de 31 anos, responsável pela entrega do lanche, e o cliente, um advogado de 40 anos que mora na casa, deram versões diferentes sobre a confusão, que teria envolvido xingamentos e agressões. Os nomes deles não foram divulgados pela PM.

Segundo a Polícia Militar, o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) recebeu um chamado por volta de 0h desta segunda-feira (3), informando que cerca de cinco motociclistas estariam em frente a uma residência acendendo fogos de artifício. Uma equipe esteve no local e conversou com o advogado. Ele relatou que havia discutido com um motoboy pelo atraso na entrega do lanche, e, após a discussão, o trabalhador teria voltado ao local com outros motoboys. Quando a polícia chegou o grupo já não estava mais lá.

Durante a manifestação, o grupo danificou o portão e o telhado da casa e quebrou o vidro traseiro do veículo que pertence ao advogado. Vídeos mostram parte da confusão, com o buzinaço promovido pelos motoboys e o uso de fogos de artifício. Testemunhas contaram que cerca de 20 motociclistas estavam em frente à residência. Algumas pessoas disseram que o advogado foi agredido primeiro, mas também bateu no motoboy.

Advogado teve o vidro do carro quebrado em Vila Velha
Advogado teve o vidro do carro quebrado em Vila Velha. (Fabrício Christ)

A repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, conversou com o motoboy de 31 anos e com o advogado de 40 anos, envolvidos na confusão.

Advogado diz que foi agredido

O advogado de 40 anos disse à reportagem da TV Gazeta, sem gravar entrevista, que a confusão começou devido ao atraso de 30 minutos na entrega do lanche e alegou ter sido agredido.

O homem relatou que quando o motoboy chegou com o lanche o pedido já havia sido cancelado. O advogado disse que conversou com o entregador, explicando que não queria mais aquele produto, mas que teria sido ameaçado e agredido com socos e chutes pelo motoboy. Ele afirma que não revidou as agressões.

Cerca de uma hora e meia depois, segundo ele, o motoboy voltou ao local com os colegas. Os pais do advogado, de 56 e 70 anos, estavam em casa e ficaram apavorados.

O que diz o motoboy

O motoboy, que preferiu não se identificar, confirmou que agrediu e foi agredido pelo cliente. Segundo o trabalhador, a confusão teria começado por um suposto atraso na entrega. O homem teria brigado com o advogado. Após ir embora, ele acionou alguns motoboys para voltar ao local da entrega.

Aspas de citação

Quando cheguei, o cliente já estava no portão, alterado, falando que o pedido estava atrasado. Ele abriu o portão e veio para cima de mim, falando que eu era vagabundo. Ele me chutou duas vezes, trocamos socos. A partir desse momento, combinei de ir lá fazer o buzinaço

Motoboy
Envolvido na confusão
Aspas de citação

Sobre a confusão na casa do cliente, o motoboy afirmou que chamou os outros motociclistas apenas para fazer um buzinaço, mas que não sabia que alguns colegas apareceriam no local com fogos.

O que diz a Polícia Civil

Após chamar a PM, o homem foi orientado a registrar um boletim de ocorrência. Procurada pela reportagem no fim da manhã desta segunda-feira (3), a Polícia Civil informou que não localizou ocorrência com essas características na Delegacia Regional de Vila Velha.

A Polícia Civil citou que a colaboração da população é fundamental para o trabalho policial e pode ser feita anonimamente por meio do Disque-Denúncia 181, que também dispõe de um site. O anonimato é garantido, e todas as informações recebidas são investigadas.

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