Depois de uma sequência de episódios de tiroteio e insegurança para moradores de comunidades de Vitória, o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, afirmou que as polícias têm trabalhado apreendendo drogas, armas, mas criticou a legislação que permite a saída de menores que atuam fortemente no tráfico de drogas.
“A Polícia Militar e a Polícia Civil têm trabalhado muito. Muitas apreensões e apreensões de menores que lamentavelmente não ficam presos. Anteontem (domingo, 13), em Andorinhas, abordamos mais de dez menores, todos circulando e visivelmente ligados ao tráfico de entorpecentes. Quando vamos puxar a ficha, está lá 'vulgo fulano', mas não fica preso”, destacou.
E completou: “Temos uma legislação que não alcança os interesses das comunidades. Uma criminalidade juvenil, de 12 a 19 anos, uma mão de obra barata que é usada amplamente pelo grande traficante, e que não fica preso. Estamos trabalhando e continuaremos. É como sempre estamos falando: precisamos de outras ações nessas comunidades, ações que já estão sendo desenvolvidas em outros locais, para mostrar a esses jovens que existem outros caminhos muito além do tráfico de entorpecentes”. O secretário falou sobre os confrontos registrados em Vitória no vídeo abaixo.
Andorinhas é um dos bairros de Vitória que vive uma intensa briga pelo tráfico de drogas. Nesta terça-feira (14), mais um tiroteio foi registrado no bairro. Uma escola foi atingida por um tiro durante um confronto entre criminosos. De acordo com o secretário, as polícias seguem fazendo operações pontuais nos bairros. Mas volta a reforçar a atuação do tráfico de drogas envolvendo menores no local.
“No passado próximo, já prendemos o maior traficante que tinha em Andorinhas. Ele, mesmo preso, colocou pessoas nos bairros para guardar seus pontos de entorpecentes. Está levando uma carga muito grande de organizações criminosas. Estamos atuando apreendendo drogas, apreendendo armas, fazendo operações pontuais, mas, lamentavelmente, esses jovens retornam para os mesmos locais”, disse.
O bairro Itararé, na região da Grande Maruípe, também vem registrando tiroteios constantemente. E um dos pontos onde isso mais acontece é a praça do bairro, local de encontro de famílias e com grande movimento comercial. Nesta terça-feira (14), policiais perseguiram e atiraram em um suspeito que apontou uma arma para os militares, segundo a PM.
Entre a noite desta terça (14) e a madrugada desta quarta (15), mais duas ocorrências envolvendo tiroteios na Capital. A primeira no bairro Morro do Quadro, onde um policial foi salvo pelo colete à prova de balas e um suspeito foi morto, e a outra no bairro Nova Palestina, onde criminosos se passaram por entregadores e atiraram contra residências na região. Na manhã desta quarta (15), um morador encheu as mãos de cápsulas das balas disparadas.
Ramalho falou sobre as ocorrências, dizendo que as polícias continuarão trabalhando para garantir a segurança das comunidades, mesmo colocando a vida de agentes em risco.
“Apreendemos arma ontem em Itararé, houve troca de tiros no Morro do Quadro em que um policial militar quase foi alvejado não fosse o colete que ele estava utilizando. Então, as nossas polícias estão se doando ao máximo. Continuaremos trabalhando forte em Andorinhas, agora em Nova Palestina. Um tráfico presente separado apenas por uma rua, onde o tráfico resolveu se rivalizar dentro do bairro. Aproveitam as janelas de oportunidade da ausência da Polícia Militar para se confrontar. Estamos entrando no meio desse confronto, colocando nosso policial em risco, para levar segurança para essas comunidades”, completou.
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