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'Coração partido', diz bisavó de crianças mortas a tiros no ES

'Coração partido', diz bisavó de crianças mortas a tiros no ES

As investigações mostram que a mãe e o padrasto das crianças estavam envolvidos com o tráfico de drogas e que o alvo era o homem

Publicado em 18 de outubro de 2021 às 13:28

Constância de Almeida, bisavó das crianças Crédito: Raphael Verly

"Coração partido", foi assim que a bisavó das duas crianças assassinadas no último sábado (16) definiu a perda dos bisnetos. O relato emocionante foi feito  à repórter Rosi Bredofw, da TV Gazeta Norte, na manhã desta segunda-feira (18). Keyrison Santos Oliveira, de 10 anos, e Kamile Santos Oliveira, de 8 anos, foram mortos a tiros dentro de casa, em Braço do Rio, Conceição da Barra. As investigações mostram que a mãe e o padrasto deles estavam envolvidos com o tráfico de drogas e que o alvo era o homem. 

"A gente sente, né. O coração da gente está partido, partido mesmo. Eu não estou me sentindo bem, mas fazer o quê? Agora é só a vontade do senhor, do céu. Eles só andavam de mãos dadas, na escola, para brincar. Meu deus, meu deus, me controla, eu não sei o que é de minha vida"

Constância de Almeida

Bisavó das crianças
auto-upload
Keyrison Santos Oliveira, de 10 anos, e Kamile Santos Oliveira, de 8 ano Crédito: Reprodução / Montagem A Gazeta

ENVOLVIDOS PRESOS

Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (18), o secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre Ramalho, explicou que seis pessoas estão envolvidas no crime: quatro adolescentes, de 15, 16, 17 e 17 anos, um maior de idade de 18 anos e um mandante, de 28 anos. Os quatro menores foram apreendidos e qualificados por crime análogo a homicídio, já os maiores estão sendo procurados. Dois, dos quatro, confirmaram a participação no crime.

Ramalho pontuou que a mãe das crianças, de 31 anos, e o companheiro dela, de 17 anos, têm ligação com o tráfico de entorpecentes na região. As investigações apontam que, em meio à disputa do tráfico, um grupo rival determinou a execução do padrasto. Durante as investigações o padrasto das crianças disse saber quem eram os suspeitos. Com base nessas informações foi possível localizar os envolvidos.

No dia do crime dois adolescentes ficaram na parte de fora da casa, junto com o de 18 anos, enquanto os outros dois arrombam a porta e entram atirando. O casal e as crianças dormiam no mesmo cômodo, em camas separadas.

"Ao entrar na residência não procuraram identificar quem é que estava dormindo, a posição das camas. Entraram atirando de qualquer forma, numa violência extremada e absurda"

Alexandre Ramalho

Secretário de Estado da Segurança Pública
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