Familiares acreditam que o corpo encontrado na manhã deste sábado (22) em Vila Velha seja da dona de casa Junia Souza Damasceno Bonfim, 52 anos, desaparecida desde o dia 13 de maio. Ela saiu de casa para visitar o filho que está preso e não foi mais vista.
O cadáver foi encontrado em um matagal nas proximidades do Complexo Penitenciário do Xuri, em Vila Velha. Segundo os policias, estava em adiantado estado de decomposição e com algumas peças de roupa faltando.
A filha dela, Thaís Damasceno, esteve no Departamento Médico Legal (DML) acompanhada do marido de Junia. Devido ao adiantado estado de decomposição do corpo, não foi possível fazer o reconhecimento visual. No entanto, em entrevista à TV Gazeta, Thaís afirmou que acredita ser a mãe, pois as roupas e o chinelo encontrado junto ao corpo eram os mesmos que a mãe usava no dia em que foi vista pela última vez.
Para liberar o corpo, o setor de identificação da Polícia Civil vai tentar, primeiramente, realizar a comparação de digitais entre as do corpo e do sistema de identificação. Caso a digital esteja danificada ou não haja registro para comparação, será necessário realizar exames de DNA.
Thaís já desconfiava que a mãe havia sumido no trajeto para o presídio, uma vez que ela havia saído de casa dizendo que visitaria o filho, que está preso. "Fomos até o presídio na noite de quinta-feira (13). Um agente do regime semiaberto nos trouxe o papel que as visitas assinam. O papel do meu irmão, que está preso há sete anos, estava em branco. Retornei a Xuri na sexta (14) falei com o meu irmão e ele confirmou que ela não tinha ido lá", contou na sexta-feira, antes do encontro do cadáver.
As causas da morte ainda são desconhecidas, assim como a autoria. O caso será encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção ã Mulher (DHPM), onde serão apuradas as circunstâncias da morte de Junia.
O desaparecimento completou oito dias na sexta-feira (21) e a família estava desesperada sem saber o que havia acontecido. Até um boletim de ocorrência de desaparecimento foi registrado.
Junia saiu de casa, no bairro Caratoíra, em Vitória, às 12h40, e embarcou em um ônibus, próximo a Rodoviária de Vitória. Depois disso, a mulher não foi mais localizada.
Na sexta-feira (21), Thaís contou que a mãe nunca havia sumido. "Ela não faz isso. O amor que ela tem por mim e por meu irmão é imenso, nunca deixaria a gente. Está difícil, minha mãe que era a alma da casa, tínhamos a base nela para tudo, nos dava força e ajudava em tudo. Temos esperança que vai aparecer", disse, um dia antes de localizarem o corpo.
Para chamar atenção para o caso, a família e os amigos de Junia chegaram a fazer uma passeata no Centro de Vitória segurando faixas com o nome da desaparecida.
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