Com o auxílio da Prefeitura da Serra, o corpo do menino assassinado pela mãe foi liberado na tarde desta terça-feira (8). No entanto, de acordo com o município, ele continua no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para a realização de trâmites funerários.
O crime foi descoberto no último domingo (6), quando Gabriel foi encontrado morto embaixo de uma cama, na casa onde morava, no bairro Nova Carapina, na Serra. O menino tinha apenas sete anos. Desde o início, a mãe Drielli Figueiredo Pires, de 28 anos, já era apontada como principal suspeita.
Grávida de oito meses, ela confessou ter matado o menino por asfixia e está presa. Nessa segunda-feira (7), a acusada passou por uma audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Na decisão, também foi dado encaminhamento para um hospital psiquiátrico.
Assim como a mãe, o pai de Gabriel também se encontra preso, mas no Estado do Paraná, na Região Sul do Brasil. O avô materno, por sua vez, mora na Bahia. Ele alegou não ter condições financeiras e de saúde para vir ao Espírito Santo liberar o corpo do menino. Por isso, o cadáver permanecia no DML.
Diante desse cenário, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) informou que tratativas foram feitas para que uma tia-avó da criança, que é moradora do município da Serra, fizesse a liberação. Com o auxílio da pasta, ela conseguiu a segunda via da certidão de nascimento de Gabriel.
A tia-avó e uma representante da Semas estiveram no DML nesta tarde para dar sequência ao processo de liberação do corpo. Segundo a prefeitura, o auxílio-funeral também será dado à família. O velório está previsto para acontecer nesta quarta-feira (9).
O corpo de Gabriel foi encontrado por policiais militares enrolado em um lençol, debaixo de uma cama no último domingo (6). Drielli Figueiredo Pires foi presa momentos depois em uma das ruas do bairro junto com outro filho.
Aos policiais militares, ela contou que matou Gabriel porque ele estava rebelde. Já na audiência de custódia, na segunda-feira (7), ela disse que sufocou o filho com uma sacola na frente dos outros dois filhos, de dois e seis anos de idade.
A mulher possui duas passagens pela Justiça, sendo um termo circunstanciado por maus-tratos e outro por ameaça.
Em nota, a defesa da mulher disse que "se reservará no direito de analisar o caso e manifestar-se no desenrolar do processo, asseguradas as garantias constitucionais da mesma [sic]".
Um ex-namorado de Drielli contou que já havia denunciado a mulher ao Conselho Tutelar. Segundo ele, ela era muito agressiva e tentou matá-lo. Ele disse que fez a denúncia porque a mulher também estava atentando contra a vida dos filhos.
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