O corpo do taxista Jamiro Alberto da Silva, de 77 anos, desaparecido em Alegre desde 27 de agosto após uma corrida, foi encontrado nesta segunda-feira (2) em uma área rural de Muqui, no Sul do Espírito Santo. A Polícia Civil confirmou a informação e acrescentou que uma perícia será realizada no local e o corpo será encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim. Até o momento, um suspeito foi preso e outro está foragido.
A Polícia Civil ainda reforçou que vai dar mais detalhes sobre as investigações em breve. Confira, abaixo, a linha do tempo do caso:
Jamiro desapareceu no meio da tarde do dia 27 de agosto. O carro do dele, um Volkswagen Voyage de cor branca, foi encontrado incendiado na manhã seguinte, em uma estrada na região de Santa Fé, em Cachoeiro de Itapemirim. No veículo não havia nada.
Imagens de uma câmera de segurança, obtidas por A Gazeta, exibiram os últimos momentos em que o taxista foi visto antes de desaparecer. O vídeo mostra um homem e uma mulher, acompanhados de um bebê e duas crianças, entrando no carro de Jamiro.
A família procurou a Delegacia de Alegre na manhã seguinte ao desaparecimento, para formalizar o registro do boletim de ocorrência comunicando o sumiço. O documento detalhava que Jamiro trabalhou como taxista na cidade por mais de quatro décadas.
Segundo a Polícia Civil, na noite de terça-feira, o carro do taxista foi encontrado em chamas no km 06 da BR 393, entre Cachoeiro e Muqui. O Corpo de Bombeiros foi acionado por populares, pois o fogo no veículo havia se espalhado para a vegetação ao redor. Durante o combate ao incêndio, os bombeiros encontraram o carro queimado e vazio.
No dia 28 de agosto, o homem que aparece no vídeo entrando no carro do taxista foi preso. A Polícia Civil ainda busca um segundo suspeito, que está foragido, irmão do primeiro detido. Os nomes deles não foram divulgados.
Em entrevista à repórter Bruna Hemerly, da TV Gazeta Sul, em 28 de agosto, o delegado Fábio Teixeira Machado informou que os investigadores foram até a casa do casal que aparece no vídeo da última corrida do taxista. A residência fica em Alegre, mas os policiais foram informados de que eles não estavam no local. Investigações indicaram que os dois estavam na comunidade de Santa Fé, na zona rural de Cachoeiro de Itapemirim, onde o suspeito foi encontrado e conduzido à delegacia.
De acordo com o delegado, o casal admitiu à polícia que entrou no veículo e, durante o trajeto entre Alegre e Santa Fé, o irmão do homem já presente no carro também embarcou. Em Santa Fé, os suspeitos deixaram a mulher e as crianças na casa da mãe deles e seguiram com o taxista para Muqui, para comprar cigarro e fraldas. O suspeito preso afirmou que, no retorno, ele e o irmão pagaram R$ 350 pela corrida e se despediram do taxista, alegando não saber o que aconteceu depois.
No dia 29 de agosto, um boné e um short idênticos aos usados pelo taxista no dia do desaparecimento foram encontrados na localidade de São Gabriel, em Muqui, na casa de um dos suspeitos.
Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, agentes da PM, incluindo um cão farejador, fizeram buscas na residência de um jovem que também é suspeito de envolvimento no caso e está foragido. A corporação recebeu informações do serviço de inteligência de onde residia o rapaz, que, segundo a Polícia Civil, é irmão do homem preso no dia anterior.
No primeiro andar do imóvel em Muqui, onde funciona uma borracharia, o dono do comércio disse que o suspeito não estaria mais no local e não soube dizer em qual horário havia saído. O foragido foi chamado, e, sem respostas, os policiais entraram na residência e localizaram, no banheiro, as peças de roupas que seriam da vítima. No chão, segundo a PM, havia também luvas de plástico e roupas dos suspeitos.
Toda a residência estava desorganizada, com diversas roupas e objetos espalhados pelos cômodos, dando a impressão que os moradores saíram recentemente do local e com pressa, conforme a polícia.
Cópias da carteira de identidade de uma mulher e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) do suspeito foram encontradas no armário da cozinha. A Polícia Científica (PCI) foi acionada e realizou uma perícia no local.
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