O corpo de uma pessoa foi encontrado na manhã desta segunda-feira (23), na Praia de Comboios, que fica em Aracruz, no Norte do Estado. Familiares de Eric Barcelos Rangel tripulante que desapareceu depois do naufrágio de um rebocador em Guarapari, no início deste mês devem tentar fazer o reconhecimento do cadáver.
Ainda não confirmada pela Polícia Civil, a suspeita de que seja o marítimo de 56 anos foi revelada pelo empresário Edson de Sousa. "Pelas fotos, parece ele, mas o corpo está muito deteriorado. Parentes dele que moram em Regência vão para o IML (Instituto Médico Legal). Só eles vão poder confirmar", disse.
De acordo com a PC, o corpo em "adiantado estado de decomposição" será encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, onde será identificado e passará por exame para esclarecer a causa da morte. O prazo para que esse laudo fique pronto é de dez dias, prorrogáveis por igual período.
Porém, caso sejam necessários exames laboratoriais como de DNA ou o histopatológico, o resultado pode demorar até 90 dias. Se os exames apontarem uma morte violenta, um inquérito policial deve ser instaurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz.
O empresário Edson de Sousa está organizando novas buscas por Eric Barcelos Rangel, que estão previstas para começar nesta quinta-feira (26), em Guarapari. A menos que a identificação do cadáver aconteça até a data, confirmando ser do tripulante, a navegação será mantida.
"Só vamos esperar o mar ficar mais tranquilo, mas o mestre da embarcação nos indicou a posição em que eles estavam quando o barco afundou, lá em Guarapari, e fizemos oito marcações. Vamos utilizar um aparelho que filma tudo que está lá embaixo. Queremos ver se ele não ficou preso na embarcação", explicou.
Chefe de máquinas, Eric Barcelos Rangel desapareceu depois do rebocador em que estava naufragar nas proximidades da Ilha Escalvada, em Guarapari, no dia 1º de novembro. Segundo os outros dois tripulantes, a embarcação colidiu com uma pedra e seguia de Vitória para o Porto de Açu, no Norte do Rio de Janeiro.
Os dois colegas foram resgatados em alto mar, no dia seguinte, 2 de novembro. Ambos estavam bem debilitados, desnorteados e foram levados para o Hospital de Urgência e Emergência de Vitória. Um deles apresentava também hipotermia. No entanto, o Eric não foi encontrado e segue desaparecido, desde então.
A Marinha do Brasil abriu um inquérito para investigar o acidente. Nas primeiras buscas, a entidade utilizou um navio-patrulha, duas embarcações da Capitania dos Portos do Espírito Santo e contou até com um helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer).
No dia 11 de novembro, exatamente dez dias depois do naufrágio, a Marinha informou que suspendeu as buscas, mas que o serviço poderia ser retomado "se surgissem novas informações" e lamentou o ocorrido. Na ocasião, familiares se disseram decepcionados. O Ministério Público do Trabalho também investiga o caso.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta