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Corpos de mãe e filha assassinadas no ES ainda aguardam liberação

Corpos de mãe e filha assassinadas no ES ainda aguardam liberação

A reportagem da TV Gazeta Sul esteve no SML de Cachoeiro e apurou que, por falta de médico legista, os corpos continuam na unidade na manhã desta sexta

Publicado em 17 de setembro de 2021 às 08:42

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Charlene de Lemes Gonçalves, de 40 anos, e a filha dela, Ysaquiely Junia Gonçalves de Araújo, de 11 anos
Charlene de Lemes Gonçalves, de 40 anos, e a filha dela, Ysaquiely Junia Gonçalves de Araújo, de 11 anos. (Divulgação / Montagem A Gazeta)

Os corpos de mãe e filha assassinadas na noite de quarta-feira (15) continuavam no Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de ItapemirimSul do Espírito Santo, até o final da tarde desta sexta-feira (17). Segundo a polícia, Michael Prates Garcia matou a facadas a ex-companheira Charlene de Lemes Gonçalves, de 40 anos, e a filha dela, Ysaquiely Junia Gonçalves de Araújo, de 11 anos, em Marataízes.

A reportagem da TV Gazeta Sul esteve no SML na manhã desta sexta-feira e apurou que, por falta de médico legista às quintas-feiras, os corpos ainda estavam na unidade, no carro de transporte da perícia. No final da tarde, familiares de Charlene e Ysaquiely informaram que os corpos continuavam na unidade aguardando pela liberação. O velório e o sepultamento serão no Cemitério Municipal do bairro Coronel Borges, em Cachoeiro de Itapemirim.

Durante o dia, familiares de oito pessoas encaminhadas ao SML também esperavam pela liberação dos corpos. O médico legista, segundo a TV Gazeta Sul, chegou à unidade no final da manhã.  

A falta de profissionais as quintas no SML ocorre desde 2019. Sobre o problema, a Polícia Civil disse, em nota, que a previsão é que os novos policiais civis, atualmente em curso de formação, assumam suas funções até novembro de 2021. Desta forma, 30 médicos legistas, 76 peritos oficiais criminais e 50 auxiliares de perícia médico-legal serão incorporados às equipes, contribuindo para a recomposição dos quadros da corporação. Disse ainda que o início do curso de formação foi prejudicado pela pandemia de Covid-19, que obrigou o cancelamento das aulas presenciais e, por consequência, a dilatação do prazo para a formatura dos novos policiais.

Quanto à acomodação dos corpos de mãe e filha no carro funerário, a PC informou que o Serviço Médico Legal passa por reforma e a previsão é que a obra dure cerca de cinco meses. Por enquanto, as necropsias continuam sendo realizadas no próprio SML e, quando a reforma ocorrer especificamente na sala de necropsia, este serviço será transferido para uma sala na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marbrasa, disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim.

RELEMBRE O CRIME

O delegado de Itapemirim e responsável pela investigação do caso, Edson Lopes Júnior, explicou que o casal estava separado e que, na noite de quarta, Michael foi até a casa de Charlene com a intenção de matá-la. A filha entrou na frente para defender a mãe e acabou sendo esfaqueada também.

“O que se apurou até agora era que essa família era de Cachoeiro de Itapemirim. Eles estavam separados há 5 meses. Na noite de ontem, ele foi até a casa da vítima, pulou o muro com uma faca de 40 centímetros de lâmina, com a intenção clara e evidente de ceifar a vida da vítima. A filha entrou na frente para tentar defender a mãe, e esse canalha não teve piedade sequer dessa criança, passando a golpear ela também”, contou o delegado.

Michael Prates Garcia, de 31 anos, foi preso em flagrante pela Guarda Municipal de Marataízes, levado para a 7ª Delegacia Regional de Itapemirim e encaminhado ao sistema penitenciário. 

*Com informações de Thales Rodrigues, da TV Gazeta Sul

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