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Corregedoria promete rigor em apuração de caso de PM que matou músico em Vitória

Corregedoria promete rigor em apuração de caso de PM que matou músico em Vitória

O soldado estava de folga dentro do condomínio onde mora em Jardim Camburi e reagiu efetuando um disparo fatal em Guilherme Rocha, que questionou o som alto

Publicado em 18 de abril de 2023 às 15:13

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O assassinato do músico Guilherme Rocha, de 37 anos, vítima de um tiro disparado pelo soldado da Polícia Militar do Espírito Santo Lucas Torrezani gera revolta e tristeza em todo o Estado desde as primeiras horas de segunda-feira (17).

De acordo com o integrante da Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo, major Alves Christ, o caso será apurado pela corporação com rigor e critério. O soldado estava de folga dentro do condomínio onde mora, em Jardim Camburi, e reagiu ao ouvir a reclamação de Guilherme Rocha sobre o som alto durante a madrugada.

Lucas Torrezani está preso desde a noite de segunda-feira (17), quando teve a prisão temporária solicitada. Inicialmente, ele deve ficar preso por 30 dias - o tempo pode ser estendido por até 60 dias.

Corregedoria promete rigor em apuração de caso de PM que matou músico em Vitória
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Cabe à Polícia Militar, diante de todo o contexto, analisar a conduta do policial sob o prisma do código de ética. Se a culpa for comprovada, haverá um processo administrativo. Vamos avaliar a conduta ética e disciplinar do militar de forma criteriosa e rigorosa

Alves Christ
Integrante da Corregedoria da PMES
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De acordo com o representante da PMES, Lucas Torrezani entrou na corporação em 2020 e não havia, até a segunda-feira (17), qualquer ocorrência contra o soldado na Corregedoria.

Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), o major afirmou que a Polícia Militar não está de acordo com a conduta do soldado, registrada em vídeo por uma câmera do condomínio.

Major Alves Christ, integrante da Corregedoria da PMES
Major Alves Christ, integrante da Corregedoria da PMES. (Alberto Borém)

Alves Christ ainda citou o caso em que dois policiais militares são suspeitos de matar um homem dentro do bar Gordinho Sambão, em Vitória. Os dois são investigados e não estão presos.

"A Polícia Militar não compactua com desvio de conduta de nenhum de seus agentes. A conduta dos militares nas duas ocorrências será analisada de acordo com a ética disciplinar. Estamos colaborando com a Polícia Civil", disse.

Câmera registrou morte de músico 

Uma câmera de videomonitoramento do condomínio em que o músico Guilherme Rocha morava em Jardim CamburiVitória, flagrou o momento em que ele foi morto pelo policial militar Lucas Torrezani de Oliveira, na madrugada desta segunda-feira (17). As imagens foram divulgadas pela Polícia Civil (veja acima)

Músico Guilherme Rocha, de 37 anos, morto por PM em Vitória
Músico Guilherme Rocha, de 37 anos, foi morto por um soldado da PM em Vitória. (Redes Sociais)

No vídeo, é possível ver a vítima entrando na área em que o policial estava com um amigo. Com as mãos para trás, Guilherme fala com Lucas, que segura um copo. O policial retira a arma da cintura e encosta no ombro do músico. O amigo do militar se levanta e os três ficam próximos. 

Em um dado momento, Lucas bate com a arma no rosto de Guilherme. A vítima, então, bate com as mãos na arma. O amigo do policial empurra o músico. Depois, a vítima segue em direção à porta, mas cai logo em seguida, já baleada. O militar fica olhando e dá dois goles na bebida que estava no copo. 

Logo depois do crime, Lucas foi levado à delegacia, confessou que atirou, mas foi ouvido e liberado. A Polícia Civil disse que "ele foi ouvido pela autoridade policial, que entendeu, pelas oitivas, que não havia elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante. Por isso, naquele momento, o policial militar foi liberado e a arma ficou apreendida. Durante o decorrer do dia, através das investigações, oitivas e diligências, foi verificado que o caso não era de legítima defesa. Imediatamente, a Polícia Civil fez o pedido de prisão temporária pelo crime de homicídio qualificado do autor e aguarda o posicionamento do Poder Judiciário".

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