A Corregedoria de Polícia Civil vai apurar a conduta de policiais envolvidos em uma confusão na manhã desta segunda-feira (25), na Avenida Nossa Senhora da Penha, em Vitória. A discussão entre os agentes e um funcionário dos Correios ocorreu em meio a uma manifestação realizada pelos próprios policiais, na altura do bairro Santa Luíza.
Por meio de nota, a Polícia Civil confirmou que os envolvidos são policiais e garantiu que "todas as providências cabíveis serão adotadas pela Corregedoria", mas não detalhou quais seriam estas ações. A PC também afirmou que "não compactua com desvios de conduta e que atitudes como as das imagens não refletem o treinamento oferecido aos policiais que ingressam na academia".
Nesta terça-feira (26), o delegado-geral José Darcy Arruda, em entrevista à TV Gazeta, informou que os policiais serão afastados. O afastamento será oficializado nesta quarta-feira (27).
No início da gravação do vídeo que viralizou, uma policial grita para o funcionário dos Correios: "Você cala a sua boca e espera!". Em seguida, outro policial vai na direção dele, também ordenando que ele fique quieto, e começa a segurar o braço e o ombro do trabalhador.
Depois, a mulher percebe que está sendo filmada por outro motociclista, que está parado ao lado do funcionário dos Correios, e parte para cima dele, pedindo para que ele pare de gravar, enquanto tenta pegar o celular. Neste momento, o vídeo, com menos de 30 segundos de duração, é encerrado.
De acordo com nota divulgada nesta tarde, entidades relacionadas à Polícia Civil alegaram que o funcionário dos Correios "quase veio a atropelar policiais que estavam em passeata" e que o vídeo "demonstra o desespero de agentes que, assustados, advertem o referido funcionário sobre sua conduta".
Por causa da "manobra que atentou contra a segurança dos policiais", providências foram requeridas aos Correios e à Delegacia de Delitos de Trânsito. O ofício é assinado pelo Sindicatos dos Delegados de Polícia (Sindipes), pela Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), pela Associação dos Investigadores (Assinpol) e pelo Sindicato dos Investigadores (Sinpol) do Espírito Santo.
Acionados por A Gazeta, os Correios informaram apenas que estão analisando o caso.
Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Espírito Santo (Sindepes), Rodolfo Laterza esclareceu que bombeiros e policiais civis e militares foram às ruas pedindo reajuste salarial. "Queremos que o governo apresente índices de recomposição para as categorias e cumpra a promessa de nos colocar dentro do índice de salário nacional", explicou.
De acordo com ele, a passeata na Reta da Penha durou apenas cerca de dez minutos. Na 1h30 de manifestação restante, os profissionais permaneceram em frente à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que fica em Barro Vermelho, Vitória. Ainda segundo a organização, 200 pessoas participaram do ato.
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