Uma criança de 6 anos, acompanhada pela mãe, deu entrada em um hospital em Ecoporanga, município ao Norte do Estado, por volta das 2h40 da manhã desta sexta-feira (14), com lesões pelo corpo e crises convulsivas. Devido ao grave estado de saúde, a menina foi encaminhada para Barra de São Francisco para melhor atendimento e realização de exames. No hospital, o médico suspeitou que ela tivesse sido vítima de abuso sexual. Os nomes não foram divulgados para preservar a vítima.
Segundo a polícia, a criança corre risco de morte. De acordo com a autoridade de plantão no Departamento de Polícia de Ecoporanga, o autor do crime de estupro de vulnerável é o padrasto da menina, que está foragido.
"Fizemos diligências para encontrá-lo, mas até o momento sem êxito. A mãe da menor confirmou o acontecido e foi decretada a prisão dela também", disse. A mãe foi presa temporariamente, considerando que não noticiou o fato para a polícia.
Segundo a polícia, o suspeito tinha passagem por violência doméstica contra os próprios pais e por envolvimento com drogas. "Durante as buscas onde a família morava, encontramos duas outras crianças na casa, ambas abandonadas. A menor estava bem lesionada, então encaminhamos para o Serviço Médico Legal", acrescentou.
De acordo com moradores da região, na residência onde as crianças foram encontradas também havia uma espingarda. Além disso, devido ao estado de saúde grave, a menina de 6 anos teria sido transferida para o Hospital Infantil, em Vitória.
A Polícia Civil informa que tomou conhecimento dos fatos na manhã de sexta-feira (14), após a criança dar entrada no hospital de Barra de São Francisco. Após diligências iniciais e oitivas, foi solicitado como medida cautelar, para o bom andamento das investigações, a prisão temporária da mãe e do padrasto da criança, ambos de 43 anos. Assim que o pedido foi deferido pelo Judiciário, a mãe foi detida, ainda, no hospital.
Em depoimento, a mãe da criança confessou que as agressões contra a vítima ocorreram na quinta-feira (13), versão que coincide com os hematomas e lesões relatados pela equipe médica. Segundo o delegado que está à frente das investigações, a mãe também confessou que em data pretérita, não precisando dia, a criança teria aparecido com a roupa cheia de sangue, mas não denunciou o estupro à polícia.
O padrasto, segundo as investigações, deixou a mãe e a criança no hospital, e fugiu logo em seguida. Ele é considerado foragido. Em observância à Lei Federal nº 13.869, de 5 de setembro de 2019, também conhecida como Lei de Abuso de Autoridade, os autores só têm a identidade divulgada após o Ministério Público oferecer a denúncia.
As investigações sobre a tentativa de homicídio e sobre o estupro continuam em andamento na Delegacia Regional de Barra de São Francisco e para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será divulgada. A assessoria da Polícia Civil não tem acesso ao estado clínico da criança.
A Polícia Civil enviou nota sobre o caso. O texto foi atualizado.
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