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Crime em Pedro Canário: Justiça concede alvará e último PM deixa presídio

Crime em Pedro Canário: Justiça concede alvará e último PM deixa presídio

Apenas o militar apontado como autor dos disparos permanecia no Quartel de Maruípe, em Vitória, desde maio; informação foi confirmada pelo advogado deles, nesta quarta (12)

Publicado em 12 de julho de 2023 às 18:56

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Vídeo mostra momento em que PM mata homem algemado em Pedro Canário
Câmeras flagraram momento em que PM mata homem algemado em Pedro Canário. (Leitor | A Gazeta)
Errata Atualização
12 de julho de 2023 às 21:24

Após a publicação desta reportagem, a defesa do PM informou que Thafny da Silva Fernandes deixou a prisão por volta das 21h desta quarta-feira (12). O texto foi atualizado com o horário. 

O último policial militar que ainda estava preso pela morte do adolescente Carlos Eduardo Rebouças Barros, em Pedro Canário, no Norte do Estado, no dia 1º de março, foi solto na noite desta quarta-feira (12). A informação foi confirmada pelo advogado dele, Fúlvio Trindade de Almeida. 

Segundo o profissional, a prisão preventiva de Thafny da Silva Fernandes foi revogada após o Poder Judiciário acolher o pedido da defesa. O cabo da PM saiu do presídio da Polícia Militar de Vitória, onde está detido, por volta das 21h. Os outros quatro militares já estão livres desde o dia 3 de maio deste ano. 

Consta no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) que o alvará de soltura foi expedido pelo juiz Getulio Marcos Pereira Neves. No documento, o magistrado ressalta ainda que não há "qualquer manifestação quanto a sua situação processual em outros autos que apurem fatos de competência estranha a esta Auditoria de Justiça Militar".

Quem é

Thafny Da Silva Fernandes é cabo e começou na corporação em 26 de junho de 2013. Em quase 10 anos, foram 182 dias de licença médica. A mais longa foi em 2019, de 84 dias. De acordo com as investigações, ele é apontado como o atirador do crime que matou Carlos Eduardo Rebouças. 

No TJES, consta um processo em andamento com o nome de Thafny e outros dois policiais (um deles Tallisson Santos Teixeira, que também foi preso por envolvimento na morte do adolescente de Pedro Canário) a respeito de um homicídio ocorrido no bairro Camata, também no município, no dia 12 de janeiro de 2018.

Conforme a descrição do inquérito, os agentes "teriam, durante ocorrência policial, efetuado disparos de arma de fogo e resultando no óbito do civil". A Corregedoria da corporação acompanhava o caso no mês de março.

Os outros PM's

A Justiça concedeu, no dia 3 de maio deste ano, o alvará de soltura para quatro dos cinco policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do adolescente. Thafny da Silva Fernandes permaneceu preso, segundo o advogado deles informou à época.

São eles:

  • Wanderson Gonçalves Coutinho;
  • Tallison Santos Teixeira;
  • Samuel Barbosa da Silva Souza.
  • Leonardo Jordão da Silva.

Os cinco policiais militares foram detidos em flagrante no dia 1º de março. Eles foram ouvidos no 13º Batalhão da PM, localizado em São Mateus, município vizinho de onde ocorreu o fato, e passaram por audiência de custódia no dia seguinte, onde as prisões em flagrante foram convertidas para preventivas.

Relembre o caso

Carlos Eduardo Rebouças Barros, de 17 anos, foi baleado e morto por um policial militar no bairro São Geraldo, em Pedro Canário. Uma câmera de segurança flagrou toda a ação. No vídeo, o suspeito aparece já rendido e mesmo assim é alvo do disparo de arma de fogo à queima-roupa.

Carlos Eduardo Rebouças Barros, de 17 anos
Carlos Eduardo Rebouças Barros, de 17 anos, foi morto a tiros em Pedro Canário. (Redes Sociais)

Em um primeiro momento, as imagens mostram o rapaz sentado. Depois ele se levanta, parece conversar com o policial e se aproxima de um muro. O PM segue com a arma apontada, até que realiza os disparos. A vítima cai no chão e o policial se afasta.

De acordo com a corporação, ele tinha passagens criminais e estaria com uma arma antes do momento que aparece no vídeo. Depois de ferido, ele foi levado ao Hospital Menino Jesus, na mesma cidade da ocorrência, mas já chegou morto.

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