A Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo na manhã desta quarta-feira (22) em decorrência da operação CyberCafé, que investiga um grupo criminoso especializado em crimes cibernéticos de fraudes bancárias pela internet no Estado. Veja abaixo as cidades onde os mandados foram cumpridos no ES.
Outros mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela polícia, sendo quatro em Minas Gerais, dois em São Paulo e um em Santa Catarina, além de dois mandados de prisão temporária cumpridos em Florianópolis-SC e Araraquara-SP. Também foram executadas medidas de sequestro de bens como veículos, imóveis, criptoativos e contas bancárias no valor de R$ 6 milhões.
As investigações tiveram início depois que uma ação preliminar da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil identificou um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias atuando no Espírito Santo. As informações foram encaminhadas à Polícia Federal, que identificou a composição do grupo em três núcleos: Hackers ou Atacantes, Intermediadores e Beneficiários.
Este grupo, de acordo com a Polícia Federal, invadia contas bancárias pela internet para desviar valores ou para quitar boletos, principalmente de dívidas tributárias junto à Secretaria Estadual de Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ/ES).
"Os Hackers ou Atacantes acessavam ilegalmente as contas das vítimas mediante ataque Phishing ou Acesso Remoto (RATs - Remote Access Trojan), desviando os valores para contas de beneficiários ou para pagamento de boletos da SEFAZ/ES. Já os Intermediadores eram responsáveis pelo recrutamento dos beneficiários e deles recebiam os valores frutos das fraudes, repassando parcela dos valores auferidos com o crime aos Hackers", explicou a corporação.
Conforme a corporação, os maiores beneficiários das fraudes cometidas eram empresas que atuam no comércio de café no Estado. Por isso, a operação foi batizada de CyberCafé.
Os investigados na operação poderão responder aos crimes de furto qualificado mediante fraude, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A pena, caso sejam condenados, pode chegar a 21 anos de prisão.
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