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Detidos com drogas e armas são soltos em menos de 24 horas após prisão

Detidos com drogas e armas são soltos em menos de 24 horas após prisão

Eles ficaram menos de 24 horas detidos e foram soltos em audiência de custódia, após pagamento de fiança, no mesmo dia da divulgação da prisão

Publicado em 15 de setembro de 2019 às 21:57

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Remédios, armas e munição apreendidos pela polícia no bairro Santo Antônio, em Vitória. (José Renato Campos)

A Polícia Civil anunciou em coletiva de imprensa, na última sexta-feira (13), a prisão três homens em flagrante com armas e drogas durante uma operação no bairro Santo Antônio, em Vitória, na noite da última quinta-feira (12). Porém, dois deles ficaram menos de 24 horas detidos e foram soltos em audiência de custódia, após pagamento de fiança, antes mesmo da divulgação da prisão. 

A PRISÃO

De acordo com a Polícia Civil, uma operação do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc), com apoio da cadela Aretha, do K9 do 6º batalhão, prendeu em flagrante três pessoas com armas, entorpecentes e medicamentos. A ação aconteceu no bairro Santo Antônio, em Vitória, na noite da última quinta-feira (12).

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Os detidos foram identificados como Patrick Christopher Duque, de 22 anos, Anderson de Castro Rios, de 30 anos, e Kleber Souza do Nascimento, de 32 anos.

A operação foi deflagrada após denúncias anônimas. A polícia foi à casa de Anderson, no bairro Santo Antônio, onde encontrou armas, munição, balança de precisão e pedaços de drogas. Em seguida, Patrick chegou na casa portando medicamentos.

As denúncias recebidas pela polícia indicavam que um Corolla branco servia para a distribuição das drogas. Os policias pediram a localização do carro, que foi informada pelos dois detidos. Chegando próximo ao veículo, a polícia prendeu Kleber, que estava pronto para sair com o carro. Dentro do veículo os policias encontraram armas.

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O carro foi levado para o pátio do Denarc, onde a cadela Aretha indicou a presença de drogas no carro.

HISTÓRICO CRIMINAL

Patrick Christopher Duque, de 22 anos. (Divulgação/ Polícia Civil)

Dois dos três detidos possuem histórico criminal. Patrick, de 22 anos, já possui outras passagens pela polícia. Em 2015, quando ainda tinha 17 anos, ele matou a namorada com fios. Ele foi apreendido, passou pela ressocialização e, no ano seguinte, foi liberado. Além do assassinato, o detido já foi preso também por posse ilegal de arma de fogo, lesão corporal e dirigir sem CNH.

O outro detido que possui passagem pela polícia é Kleber Souza do Nascimento, por posse ilegal de arma de fogo. A Polícia Civil informou, durante coletiva de imprensa, que os três foram encaminhados ao presídio. 

A SOLTURA

Mas dois dos detidos não ficaram nem 24 horas presos. Na manhã da última sexta-feira (13), antes mesmo da Polícia Civil divulgar as prisões da operação, Kleber e Patrick foram soltos em audiência de custódia.

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Na ata da audiência, a juíza Mariana Lisboa Cruz entendeu que estão ausentes os requisitos que autorizariam a decretação da prisão preventiva de Kleber e Patrick. Para ela, a liberdade dos dois não oferece risco à sociedade e a aplicação da lei penal.

"Considerando que possuem residência fixa e ocupação lícita. Verifico, assim, a conveniência de substituir a prisão preventiva dos autuados pelas seguintes medidas cautelares: a) proibição de sair da Grande Vitória sem prévia autorização do Juiz natural da causa; b) comparecimento a todos os atos do processo, devendo manter endereço atualizado; c) proibição de frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados; d) recolhimento domiciliar de 20h às 6h; e) comparecer em até 5 (cinco) dias úteis ao juízo", disse a decisão.

Além disso, a magistrada exigiu o recolhimento de fiança no valor de R$ 5 mil para Patrick e R$ 1 mil para Kleber. Caso os autuados descumpram qualquer condição imposta na decisão poderão ter a prisão preventiva decretada.

Já em relação a Anderson, dono da casa onde as drogas estavam, a juíza entendeu que está presente a materialidade e indícios de autoria, tornando presentes os fundamentos que autorizam o auto de prisão em flagrante de delito.

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"Assim, tenho que a soltura do custodiado poderá colocar em risco a segurança social, haja vista a real possibilidade de reiteração delitiva, além do que está presente a periculosidade concreta de sua conduta, bem como, visando garantir a instrução processual e a aplicação da Lei Penal", completou.

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A magistrada converteu a prisão em flagrante de Anderson em prisão preventiva. 

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