A Polícia Civil anunciou em coletiva de imprensa, na última sexta-feira (13), a prisão três homens em flagrante com armas e drogas durante uma operação no bairro Santo Antônio, em Vitória, na noite da última quinta-feira (12). Porém, dois deles ficaram menos de 24 horas detidos e foram soltos em audiência de custódia, após pagamento de fiança, antes mesmo da divulgação da prisão.
A PRISÃO
De acordo com a Polícia Civil, uma operação do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc), com apoio da cadela Aretha, do K9 do 6º batalhão, prendeu em flagrante três pessoas com armas, entorpecentes e medicamentos. A ação aconteceu no bairro Santo Antônio, em Vitória, na noite da última quinta-feira (12).
Os detidos foram identificados como Patrick Christopher Duque, de 22 anos, Anderson de Castro Rios, de 30 anos, e Kleber Souza do Nascimento, de 32 anos.
A operação foi deflagrada após denúncias anônimas. A polícia foi à casa de Anderson, no bairro Santo Antônio, onde encontrou armas, munição, balança de precisão e pedaços de drogas. Em seguida, Patrick chegou na casa portando medicamentos.
As denúncias recebidas pela polícia indicavam que um Corolla branco servia para a distribuição das drogas. Os policias pediram a localização do carro, que foi informada pelos dois detidos. Chegando próximo ao veículo, a polícia prendeu Kleber, que estava pronto para sair com o carro. Dentro do veículo os policias encontraram armas.
O carro foi levado para o pátio do Denarc, onde a cadela Aretha indicou a presença de drogas no carro.
HISTÓRICO CRIMINAL
Dois dos três detidos possuem histórico criminal. Patrick, de 22 anos, já possui outras passagens pela polícia. Em 2015, quando ainda tinha 17 anos, ele matou a namorada com fios. Ele foi apreendido, passou pela ressocialização e, no ano seguinte, foi liberado. Além do assassinato, o detido já foi preso também por posse ilegal de arma de fogo, lesão corporal e dirigir sem CNH.
O outro detido que possui passagem pela polícia é Kleber Souza do Nascimento, por posse ilegal de arma de fogo. A Polícia Civil informou, durante coletiva de imprensa, que os três foram encaminhados ao presídio.
A SOLTURA
Mas dois dos detidos não ficaram nem 24 horas presos. Na manhã da última sexta-feira (13), antes mesmo da Polícia Civil divulgar as prisões da operação, Kleber e Patrick foram soltos em audiência de custódia.
Na ata da audiência, a juíza Mariana Lisboa Cruz entendeu que estão ausentes os requisitos que autorizariam a decretação da prisão preventiva de Kleber e Patrick. Para ela, a liberdade dos dois não oferece risco à sociedade e a aplicação da lei penal.
"Considerando que possuem residência fixa e ocupação lícita. Verifico, assim, a conveniência de substituir a prisão preventiva dos autuados pelas seguintes medidas cautelares: a) proibição de sair da Grande Vitória sem prévia autorização do Juiz natural da causa; b) comparecimento a todos os atos do processo, devendo manter endereço atualizado; c) proibição de frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados; d) recolhimento domiciliar de 20h às 6h; e) comparecer em até 5 (cinco) dias úteis ao juízo", disse a decisão.
Além disso, a magistrada exigiu o recolhimento de fiança no valor de R$ 5 mil para Patrick e R$ 1 mil para Kleber. Caso os autuados descumpram qualquer condição imposta na decisão poderão ter a prisão preventiva decretada.
Já em relação a Anderson, dono da casa onde as drogas estavam, a juíza entendeu que está presente a materialidade e indícios de autoria, tornando presentes os fundamentos que autorizam o auto de prisão em flagrante de delito.
"Assim, tenho que a soltura do custodiado poderá colocar em risco a segurança social, haja vista a real possibilidade de reiteração delitiva, além do que está presente a periculosidade concreta de sua conduta, bem como, visando garantir a instrução processual e a aplicação da Lei Penal", completou.
A magistrada converteu a prisão em flagrante de Anderson em prisão preventiva.
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