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Dez advogados são presos suspeitos de atuar como 'pombo-correio' de traficantes no ES

Dez advogados são presos suspeitos de atuar como 'pombo-correio' de traficantes no ES

Operação TIES foi deflagrada nesta sexta-feira (4) com objetivo de cumprir 11 mandados de prisão preventiva contra profissionais com ligação com traficantes da facção PCV; um dos advogados está foragido

Publicado em 4 de novembro de 2022 às 07:59

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Operação do GAECO mira advogados suspeitos de envolvimento com o PCV
Operação do GAECO mira advogados suspeitos de envolvimento com o PCV. (Divulgação/MPES)

Ministério Público do Espírito Santo (MPES) deflagrou nesta sexta-feira (4), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma operação com objetivo de cumprir 11 mandados de prisão preventiva contra advogados. Os alvos são suspeitos, segundo o MPES, de atuarem como "pombos-correios" para lideranças da facção Primeiro Comando de Vitória (PCV). Até o momento, 10 profissionais foram presos e um que figura como réu está foragido.

Confira os advogados presos:


  1.    DIEGO DO AMARAL LEAL
  2.    DANIEL FERREIRA DE SOUZA
  3.    MATEUS CANIZIO MARINHO DE OLIVEIRA
  4.    DAVI DICKSON MEROTO LAMAS PEREIRA
  5.    MAILA HERING
  6.    THATIANE DOS SANTOS SILVA
  7.    MAYCON NEVES REBONATO
  8.    BARBARA MARCARINI VON RANDOW
  9.    GUILHERME NUNES MORAES
  10.    ESTER MORAIS DIAS

O único foragido é Marco Aurelio de Souza Rodrigues.  

A investigação foi instaurada pelo Gaeco para apurar as ações delituosas praticadas por advogados que se utilizam indevidamente de prerrogativas da advocacia para atuar na transmissão de mensagens ilícitas entre integrantes do PCV. 

De acordo com o MPES, ficou constatado que esses advogados, segundo as investigações, viabilizam a manutenção do poder e gestão de lideranças de grupos criminosos sobre os crimes perpetrados, em relação a tráfico de entorpecentes, aquisição e porte de armamentos e munições, execução e planejamento de crimes de homicídio.

A denúncia foi recebida pela Justiça, que decretou a prisão preventiva dos réus e determinou a suspensão do exercício da advocacia. Dentre os crimes imputados estão os de integrar organização criminosa e tráfico de drogas. Os autos tramitam perante a 1ª Vara Criminal de Viana.

No final da tarde desta sexta, a defesa de Davi Dickson Meroto Lamas Pereira solicitou um habeas corpus visando a "transferência do paciente para prisão domiciliar, mediante o uso de tornozeleira eletrônica ou qualquer outra medida cautelar alternativa à prisão", mas o pedido foi indeferido pela Justiça.

A reportagem de A Gazeta procurou a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo, em busca de um posicionamento. O texto será atualizado caso o órgão envie uma resposta. 

Errata Atualização
4 de novembro de 2022 às 20:51

Após a publicação desta matéria, a defesa de Davi Dickson Meroto Lamas Pereira solicitou um habeas corpus visando a "transferência do paciente para prisão domiciliar, mediante o uso de tornozeleira eletrônica ou qualquer outra medida cautelar alternativa à prisão", mas o pedido foi indeferido pela Justiça. O texto foi atualizado.

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