Um homem morreu após ser atingido por um disparo de arma de fogo na cabeça no fim de uma festa de carnaval em Jacaraípe, na Serra, na madrugada de quarta-feira (5). O tiro foi efetuado por um policial militar de folga que estava no mesmo evento com duas amigas, segundo apurado pela repórter Priciele Venturini, da TV Gazeta, e confirmado posteriormente pela Polícia Militar. A nota da corporação, porém, não revela o nome do servidor envolvido na ocorrência.
Conforme apurado pela TV Gazeta, o tiro foi disparado após uma discussão entre o PM e o outro homem. O motivo seria o fato de o homem, que depois foi baleado, ter importunado uma das amigas do militar. O policial, as duas amigas e o homem estavam na mesma festa. A discussão e o tiro aconteceram quando o militar e as mulheres iam embora do local, uma vez que o homem teria voltado a incomodar uma delas.
Ainda segundo apuração da reportagem da TV Gazeta, o homem teria ido até o carro onde a mulher estava. Ela, então, teria sido novamente importunada. Neste momento, o policial militar teria se aproximado e pedido para que ele parasse de incomodar a amiga.
Foi neste momento que o homem sacou uma arma e teria apontado para o policial. O militar, então, se apresentou como agente da Segurança Pública e também teria sacado a arma. O homem continuou apontando a arma para o policial, que atirou contra ele. O indivíduo, que não teve o nome ou idade divulgados, foi atingido na cabeça e morreu a caminho do hospital. Ele não teria atirado em direção ao policial, apesar de ter apontado a arma. De acordo com a Polícia Militar, a arma do suspeito, uma pistola calibre 380 com 18 munições, com um carregador e 14 munições e mira laser foi apreendida.
Em nota enviada no fim da manhã de quarta (5), a Polícia Militar informou que uma equipe fazia patrulhamento na região quando os militares escutaram "estampidos característicos de disparos de arma de fogo vindos da direção da orla". Imediatamente, os policiais foram ao local e encontraram uma pessoa armada e outra caída no chão com um ferimento na cabeça. A corporação ouviu o relato do policial sobre o ocorrido e o encaminhou à Delegacia Regional da Serra, junto às duas amigas que também estavam no local.
Durante a tarde de quarta-feira (6), a reportagem voltou a cobrar um posicionamento da Polícia Militar a respeito da ocorrência envolvendo um agente da corporação. Em nota enviada por volta das 19h30, a Polícia Militar informou que tomou conhecimento do fato e "adotará as medidas necessárias e cabíveis para apurar a conduta do policial militar envolvido".
Em nota enviada ao meio-dia, a Polícia Civil informou que a ocorrência ainda estava em processo de confecção pela Polícia Militar para depois ser encaminhada à Delegacia Regional de Serra. A corporação explicou que só depois da entrega da ocorrência seria possível definir os procedimentos que serão adotados com os envolvidos, como autuação, por exemplo.
Por volta das 20h30, após uma nova demanda feita por A Gazeta, a Polícia Civil informou que o policial militar, de 30 anos, conduzido à Delegacia Regional de Serra, foi ouvido e liberado, "após a autoridade policial constatar que o mesmo agiu em legítima defesa". O caso seguirá sob investigação, segundo a PC.
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