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Disputa por herança: mulher é presa no ES suspeita de mandar matar irmão

Disputa por herança: mulher é presa no ES suspeita de mandar matar irmão

Cleuton Lopes da Silva foi morto a tiros em outubro de 2020 na Serra; cunhado da vítima também foi preso na última segunda-feira (7)

Publicado em 9 de fevereiro de 2022 às 20:56- Atualizado há 3 anos

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Leilza Lopes de Moraes, de 40 anos, foi presa após mandar matar o irmão, o açougueiro Cleuton Lopes
Leilza Lopes de Moraes, de 40 anos, foi presa após mandar matar o irmão, o açougueiro Cleuton Lopes. (Divulgação/Polícia Civil)

Suspeita de ordenar o assassinato do próprio irmão, uma mulher de 40 anos, identificada como Leilza Lopes de Moraes, 40 anos, foi presa na última segunda-feira (7), na Praia do Suá, em Vitória. Na mesma data, o marido dela, Flávio Amado de Moraes, de 61 anos, que teria arquitetado o crime – também foi preso, no bairro Jacaraípe, na Serra

Juntos, os dois planejaram como matariam o açougueiro Cleuton Lopes da Silva, de 32 anos. O homicídio aconteceu em outubro de 2020, quando ele voltava do trabalho. A vítima foi morta com tiros que atingiram a cabeça e as mãos, enquanto aguardava o portão de casa ser aberto, no município da Serra.

Além do casal, dois executores participaram do assassinato. De acordo com a investigação da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, um deles, José Carlos Rodrigues Soares de 43 anos, foi assassinado em 1º de julho de 2021, no bairro Putiri.

O segundo executor, Breno Azevedo Chaves, de 33 anos, foi preso em 4 de janeiro deste ano, no bairro São Marcos. Com ele, foram apreendidos um revólver calibre 380, um silenciador e munição.

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O Breno dirigiu o carro dele e trocou de carro mas foi preso em 4 de janeiro e conseguimos pegar um armamento com ele. Não foi constatado que foi o armamento usado no homicídio mas ele foi preso pelo porte ilegal

Ramiro Diniz
Delegado
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O delegado ainda disse que a morte do outro apontado como executor pode ter sido uma queima de arquivo.

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Todos indicativos são de que foi uma queima de arquivo em relação à morte do Cleuton. Ele foi colocado em pneus e queimado vivo

Ramiro Diniz
Delegado
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HERANÇA

De acordo com o delegado Ramiro Diniz, ao longo das investigações os policiais verificaram que o pai de Cleuton e Leilza morreu e deixou algumas terras no Maranhão e no Pará para eles e isso motivou uma disputa entre os irmãos.

"Devido ao desacordo, a Leilza mandou mandar o irmão. Foram dois os mandantes, a Leilza e seu esposo Flávio. O contrato formal foi feito duas semanas antes do homicídio. Eles pagaram R$ 8 mil aos executores. Eles não falaram nada. Tinham sido interrogados no início de 2021 e agora as prisões foram para cumprir o mandado", explicou.

Breno Azevedo Chaves foi preso suspeito de matar o açougueiro Cleuton Lopes da Silva
Breno Azevedo Chaves foi preso suspeito de matar o açougueiro Cleuton Lopes da Silva. (Divulgação/PCES)

RELEMBRE O CASO

açougueiro Cleuton Lopes da Silva, de 32 anos, foi morto a tiros na frente da própria casa, no bairro São Marcos. O crime aconteceu no dia 20 de outubro de 2020. Desde aquela época, a suspeita da Polícia Civil era de que o crime poderia ter sido motivado devido à disputa por uma herança.

De acordo com informações obtidas pela TV Gazeta na ocasião, o assassinato aconteceu quando a vítima voltava do trabalho, um supermercado da região. Os bandidos teriam seguido Cleuton em um carro, até ele parar a moto diante do portão da residência. Os disparos acertaram a cabeça e as mãos dele.

Segundo testemunhas, diversos tiros foram dados pelo suspeito que estava no banco do carona, de dentro do veículo. Dois acertaram a vítima. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas quando a equipe chegou de ambulância ao local, Cleuton já havia morrido.

O açougueiro tinha registrado boletins de ocorrência por agressão e ameaças cometidas por parentes. Segundo a Polícia Civil, a família estava brigando por causa de terras herdadas nos Estados do Maranhão e Pará. O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra.

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