Embora a prática do "disque-pó" em que traficantes negociam com usuários através de redes sociais a entrega de drogas em domicílio não seja novidade, essa modalidade do tráfico ganhou força no Estado com a pandemia de coronavírus. É o que afirma o delegado José Darcy Arruda, chefe da Polícia Civil no Espírito Santo.
"Uma prisão importante pela pureza da droga e pelo relacionamento que o traficante te com pessoas até de fora do país. Percebemos que com o momento atual, excepcional, por causa do coronavírus, o traficante está indo até o usuário. O usuário não está se deslocando, está confinado. O tráfico está se deslocando. Isso é uma técnica antiga, o que acontece agora é uma sofisticação. O Denarc está mapeando, analisando e vai prender mais. Todo tipo de comércio ilícito de entorpecente, o Denarc está atento e investigando", garantiu.
A afirmação do chefe da Polícia Civil foi feita durante coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (1º) para anunciar a prisão de dois suspeitos de tráfico de drogas. Dois homens, de 31 e 23 anos, foram presos quando se preparavam para fazer a entrega de cocaína no bairro Colina de Laranjeiras, na Serra, na última segunda-feira (30). Segundo a polícia, tudo era combinado através do WhatsApp.
A Polícia Civil chegou aos suspeitos depois de receber denúncias de que havia um grupo no WhatsApp negociando a distribuição de drogas. A partir daí, os policiais conseguiram identificar dois indivíduos no bairro Colina de Laranjeiras que estavam com o entorpecente dentro do carro.
"Quando foram abordados, os indivíduos estavam levando a droga até outro traficante para que esse entorpecente fosse misturado a outras substâncias, haja vista o grau de pureza da droga. Conseguimos prender os indivíduos antes que a comercialização fosse feita. Eles estavam com uma embalagem de 2,5 kg de cocaína", detalhou o delegado Diego Bermond, titular da Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc).
O homem que dirigia o veículo, de 23 anos, afirmou ser motorista de aplicativo, mas a polícia descobriu que, na verdade, ele trabalha dirigindo para diversos traficantes na região. Já o passageiro do carro, de 31 anos, admitiu que era traficante e que iria comercializar a droga.
Ainda de acordo com a polícia, todas as pessoas que fazem parte do grupo de WhatsApp onde a compra, venda e entrega da droga eram combinadas serão investigados.
Com informações de Kaique Dias, da TV Gazeta
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