O corpo da menina de quatro anos que já chegou sem vida no Pronto Atendimento (PA) de Alto Lage, em Cariacica, na manhã desta quinta-feira (7), não apresenta nenhuma marca de qualquer tipo de agressão, nem física e nem sexual segundo o delegado Filipe Pimentel, que teve acesso ao laudo cadavérico feito pelo Departamento Médico Legal (DML).
"O prontuário médico avaliou e disse que tinham sinais, mas o exame da perícia não constatou nenhuma marca na criança", disse. Questionado sobre a causa da morte, Pimentel destacou que ainda não é possível afirmar qual foi. "Até o momento a causa é indeterminada", concluiu.
Inicialmente, o próprio Instituto de Gestão, Inovação e Saúde (IGIS), responsável pela gestão do PA, havia informado que o corpo da criança apresentava sinais de hematoma e também de violência. Os funcionários do PA que acionaram a Polícia Militar. A PM confirmou que exames realizados por médicos locais constataram que a menina foi estuprada.
O delegado destacou ainda que em depoimento a família relatou que a criança estava dormindo. "Eles disseram que a menina estava dormindo e quando foram verificar ela já estava com o corpo mole". Informações passadas pelo PA dão conta de que, no local, médicos tentaram reanimar a menina, mas as tentativas não surtiram efeito. Ela teve uma parada cardiorrespiratória, não resistiu e morreu.
Segundo a Polícia Militar, a mãe da menina esteve no PA e foi conduzida para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, onde prestou depoimento. O avô e um tio da menina também foram chamados. A família mora em Bandeirantes, em Cariacica.
"No final da manhã de hoje (7), policiais militares foram acionados pelo Pronto Atendimento de Alto Laje, em Cariacica, pois havia dado entrada no local uma criança de quatro anos sem vida, com marcas de agressão. Após alguns exames constatou-se que a criança havia sido estuprada. A ocorrência está em andamento".
Em uma nova nota enviada à imprensa na tarde desta quinta-feira (07), a Prefeitura de Cariacica informou que ''durante a avaliação, a equipe médica constatou que a criança apresentava hematomas e sinais de violência'', logo, seguiu o protocolo de acionar a Polícia Militar e Conselho Tutelar.
A Polícia Civil informou o caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). As investigações se iniciaram logo após o fato, pela equipe do plantão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Familiares da vítima foram encaminhados ao DHPP, ouvidos e liberados. Até o momento, não é possível afirmar se houve cometimento de crime e ninguém foi detido.
O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico. A análise inicial não identificou sinais de violência física ou sexual. Foram coletadas amostras que serão encaminhadas para análise mais aprofundada. O prazo para a conclusão do laudo cadavérico é de 30 dias. A assessoria disse que não tem autorização de passar informações sobre identificação e liberação de corpos, essas informações só são passadas com autorização das famílias das vítimas.
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