Após menos de uma semana do assassinato de Ademir Lúcio Ferreira de Araújo, no último dia 20, acusado de ter matado a menina Thayná Andressa Jesus do Prado, em 2017, nesta quinta-feira (25) outro preso também foi morto na Penitenciária Estadual de Vila Velha V. A vítima, que não teve identidade revelada até o momento, de acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), cumpria pena desde 2018 pelo crime de estupro de vulnerável.
Questionada sobre o crime ocorrido nesta quinta-feira (25), a Sejus informou que trabalha de forma integrada com as forças de segurança, sempre que necessário, para auxiliar nas investigações e coibir qualquer ato ilícito por parte da massa carcerária. Em nota, afirmou que casos de agressão, como os registrados, recebem a devida apuração para responsabilização.
Já no caso de Ademir, um companheiro de cela dele, de 28 anos, foi encaminhado a uma unidade de delegacia da Polícia Civil e assumiu a autoria do crime. Ele foi autuado por homicídio qualificado. A Secretaria de Justiça do Estado do Espírito Santo (Sejus) informou que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.
Ademir estava preso desde novembro de 2017 pela morte da menina Thayná , na época com 12 anos. Ele é acusado de sequestrar, abusar e matar a criança no bairro Universal, Viana. O caso gerou grande comoção pública. Ademir também cumpria pena pelo estupro de uma outra criança, de 11 anos, pelo qual ele foi condenado a 34 anos de prisão em 2018. Ele possuía processos por homicídio qualificado, roubo e estelionato e já havia sido agredido no presídio outras vezes.
Thayná foi sequestrada no dia 17 de outubro de 2017, quando saiu para procurar caixas de papelão no bairro onde morava, em Universal, Viana. Na ocasião, a mãe dela, Clemilda Aparecida de Jesus, de 39 anos, procurou a polícia e pistas sobre o desaparecimento da menina. Foram idas aos comércios do bairro, conversas com moradores, tudo para levantar informações que pudessem ser usadas para ajudar a encontrar Thayná.
Dias depois, a mãe conseguiu o vídeo que mostrava Thayná entrando em um Gol prata, o que levou a investigação da polícia para a linha de sequestro. Sete dias depois, o carro foi encontrado em uma oficina de Guarapari. O veículo, segundo a polícia, era utilizado por Ademir Lúcio Araújo Ferreira, que passou a ser apontado como principal suspeito do crime.
Uma megaoperação da polícia, realizada em Viana, encontrou a ossada de uma criança do sexo feminino, próximo a uma lagoa, semanas depois do sequestro de Thayná. O padrasto da menina reconheceu a roupa da enteada. O local, segundo a polícia, seria utilizado por Ademir para cometer outros crimes. Após quase um mês de investigações, Ademir foi preso no Rio Grande do Sul. No dia da prisão, a mãe da menina disse que estava aliviada, mas aguardava a condenação do suspeito. O caso, contudo, não havia sido julgado pela Justiça até o momento.
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