A procura pela doméstica Alexandra Pereira Lima, de 27 anos, que estava desaparecida desde a última sexta-feira (20), terminou de forma trágica. Ela foi encontrada morta e com marcas de violência, na manhã desta segunda-feira (23), próximo da casa onde morava, em Normília da Cunha, região de Terra Vermelha, em Vila Velha. Segundo familiares, a casa da vítima estava revirada, com indícios de que houve luta corporal no local.
De acordo com a família, Alexandra deixou os filhos na creche na manhã da última sexta-feira (20) e retornou para a casa. Como fazia todos os dias, ela teria feito o trajeto a pé e depois seguiria para o trabalho, na Barra do Jucu. Mas a mãe da doméstica acredita que ela nem chegou a sair de casa novamente.
"Ela estava saindo para trabalhar, mas nem chegou sair. Porque ela usava aparelho auditivo e o aparelho estava um em cima do móvel e outro caído no chão. A cama está quebrada, a casa toda revirada. Creio que não foi fácil. Ela deve ter tido alguma luta", conta.
Após perceber o desaparecimento, o pedreiro Cláudio Lima Pereira, marido da vítima, conta que ligou para o celular de Alexandra, mas outra mulher atendeu e desligou em seguida. Depois, ele registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DEP). Cláudio é pai de dois dos três filhos da vítima, as crianças têm 2 e 4 anos.
"A mãe dela foi na casa da filha às 16 horas na sexta (20) e encontrou a residência toda revirada. A Alexandra lutou muito pela vida. Ela sai todo dia de casa, leva as crianças na creche, pega a bicicleta e vai trabalhar. Mas ela não foi. Ligou pra patroa dizendo que iria atrasar e depois ninguém mais conseguiu contato com ela. Ela não merecia isso (choro). Deixou filhos de 2, 4 e 12 anos. As crianças ainda não sabem. Vamos decidir como contar", contou uma tia, que preferiu não se identificar.
O corpo de Alexandra foi encontrado por vizinhos, enrolado em um lençol, amarrado, com um corte no pescoço e sacos plásticos na cabeça, bem próximo da casa dela.
Os familiares da vítima foram ao Departamento Médico Legal (DML) liberar o corpo da doméstica nesta segunda (23). No local, a mãe de Alexandra, Luciana Pereira, falou com a TV Gazeta sobre a dor de perder a filha.
"O corpo está inchado e ela está irreconhecível. A gente reconheceu mais pela roupa. O marido dela entrou em desespero ao ver que era ela. Quando acharam o corpo ela estava amarrada. Não foi uma coisa normal. Como fica o coração de uma mãe em saber que uma filha foi brutalmente assassinada? Uma pessoa conhecida em todo canto por ser muito dócil e trabalhadora", lamentou, com os olhos marejados.
Com informações de Daniela Carla, da TV Gazeta
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