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Dona de salão desvenda o mistério de mala com suposta bomba em Vila Velha

Dona de salão desvenda o mistério de mala com suposta bomba em Vila Velha

Sheila Ribeiro, de 38 anos, contou à reportagem de A Gazeta que tudo não passou de um grande mal-entendido. Saiba o que aconteceu

Publicado em 10 de setembro de 2020 às 09:59

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PM investiga conteúdo em mala suspeita em Vila Velha
Agente do esquadrão antibombas da Polícia Militar removendo a mala do local. (Carlos Alberto Silva)
Dona de salão desvenda o mistério de mala com suposta bomba em Vila Velha

A dona do salão de beleza em que foi deixada uma mala suspeita de bomba na última terça-feira (8) no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, desvendou o mistério em torno do ocorrido. Sheila Ribeiro, de 38 anos, contou à reportagem de A Gazeta que tudo não passou de um grande mal-entendido.

A mala, que continha apenas roupas, era de uma cliente e foi deixada pelo marido dela no local. “Uma cliente minha pediu para o marido dela deixar uma mala com roupas no meu salão e não me avisou. E ele fez essa brincadeira. Ele entrou rápido, porque estava com pressa, fez essa brincadeira e saiu”, contou.

Segundo Sheila, ela ficou sabendo do mal-entendido apenas quando a cliente perguntou se uma mala com roupas havia sido deixada no local. Na conversa a seguir, o nome da cliente e do marido será substituído por X e Y.

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Ela mandou pra mim à noite, assim: 'Sheila, X deixou uma mala com roupa aí?' Eu falei: 'Mentira, não estou acreditando'

Sheila Ribeiro
Dona do salão
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"Aí liguei pra ela e falei: 'Y, como você faz uma coisa dessa? Se você não me ligar avisando que está mandando o seu marido deixar roupa aqui. Não estava sabendo de nada'", descreveu o diálogo.

A dona do estabelecimento disse que ninguém que estava no salão na hora em que o homem deixou a mala conhecia ele e, por isso, houve toda a mobilização de acionar a polícia por conta da mala.

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Ele entrou porque parou o carro em fila dupla, entrou muito rápido, deixou e falou assim: 'uma bomba aqui'. Então, a cabeleireira é nova, começou sexta-feira e não conhecia ele

Sheila Ribeiro
Dona do salão
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A proprietária continua: "A que conhecia ele estava de costas, escovando cabelo, nem viu ele entrando. Eu estava na cozinha, tomando café, nos fundos. Quando fui lavar o cabelo, que eu vi a mala, perguntei que mala era aquela. Agora, olha a confusão”, disse.

Mala é deixada em Coqueiral de Itaparica
Cimesp monitora suspeita de bomba em Vila Velha. (Carlos Alberto Silva)

Sheila contou que, por causa desse episódio, clientes ficaram com medo de ir ao local, o que prejudicou o movimento no salão. “Sem contar que ontem (9) a gente não conseguiu trabalhar. Clientes ligando preocupadas, com medo de ir, achando que era um atentado contra o salão”, desabafou.

Segundo a proprietária, ela, a cliente e o marido estão indo à delegacia na manhã desta quinta-feira (10) para prestar esclarecimentos.

O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL

Procurada nesta quinta, a Polícia Civil informou que "o fato seguirá sob apuração no 7º Distrito Policial. A mala e seu conteúdo foram entregues ontem (quarta) na Delegacia Regional de Vila Velha e serão encaminhados à unidade".

O CASO

Uma mala com conteúdo suspeito foi deixada dentro de um salão de beleza localizado na Avenida Santa Leopoldina, em Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, próximo à sede da prefeitura, por volta das 10h30 desta terça-feira (8). O esquadrão antibombas da Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp) da Polícia Militar foi acionado e chegou ao local por volta das 13h15. A avenida ficou interditada por cerca de 4 horas, sendo liberada às 14h30.

SUSPEITO PODE SER INDICIADO POR CAUSAR PÂNICO

No dia do episódio, a Polícia Civil informou que a análise inicial dos fatos narrados indica infração prevista no artigo 41 da Lei de Contravenções Penais: provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto, com pena prevista de prisão de quinze dias a seis meses.

"Tal infração é considerada de menor potencial ofensivo e a investigação terá início tão logo a ocorrência seja entregue, pela Polícia Militar, na Delegacia de Polícia Civil. Caso o conteúdo da mala, ainda sob análise pelo Cimesp, seja material ilícito ou indique cometimento de crime, a Polícia Civil será comunicada", disse, por nota.

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