Um idoso de 74 anos foi morto dentro da chácara onde morava em Manguinhos, na Serra e o principal suspeito é um conhecido da vítima - um homem de 46 anos preso na quarta-feira (16). Segundo a Polícia Civil, ele prestava serviços para o aposentado e estava no condomínio onde vivia em Ourimar, também no município serrano, quando foi encontrado.
A corporação investiga o crime como latrocínio, pois segundo a família do aposentado, identificado como Aroldo Almeida Muritiba, R$ 5 mil sumiram da casa. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa da Polícia Civil, nesta quarta-feira (23).
No dia do crime, ocorrido em 28 de junho, o preso enviou mensagens para o idoso pedindo R$ 20 emprestados. O dinheiro, conforme os textos encontrados no celular da vítima, era para comprar gás. Dois dias depois, no dia 1º de julho, o corpo da vítima acabou encontrado. No mesmo dia, o investigado faz negociações para comprar um carro por R$ 3,5 mil por aplicativo de mensagens.
“Como uma pessoa que pedia R$ 20 na sexta tem como comprar um veículo na segunda-feira? Durante o interrogatório ele se vale de evasivas. No dia 18 de julho, por exemplo, ele fala para a gente que só esteve na casa dois meses antes. Já na semana da prisão ele alegou estar em Minas Gerais. Ou seja, ele mentia”, alertou o delegado Gianno Trindade, da Delegacia de Segurança Patrimonial.
Aroldo criava galinhas e foi perto delas que acabou encontrado. Conforme a polícia, havia um bocal de luz sobre a vítima, uma lanterna ao lado dela e o corpo estava em estado de decomposição avançado. Devido às condições no local, inicialmente o caso foi registrado como encontro de cadáver. Porém, um detalhe mudou o curso da investigação e apontou o crime chocante.
“Foi detectado posteriormente que a vítima morreu de esgorjamento, que é o corte na garganta. Localizamos uma pá escavadeira onde há sangue humano, mas está sendo analisada no laboratório forense para descobrir de quem é”, afirmou Trindade.
O suspeito disse durante depoimento que após pegar os R$ 20 reais, o idoso solicitou que o prestador de serviço retornasse até a residência. O pedido envolvia a construção de uma cerca elétrica. "Só que na segunda-feira, 1º de julho, não tinha cerca pronta. No momento da prisão ele não reagiu e constatamos passagem anterior por crime de receptação", complementou o delegado.
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