O dono de uma clínica de estética localizada em São Mateus, no Norte do Espírito Santo, foi preso na cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais, no último sábado (18). De acordo com a Polícia Civil, ele é suspeito de abusar sexualmente de clientes durante procedimentos estéticos.
Conforme informações repassadas pela 8ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais, o homem é Bruno de Jesus Santa Rosa Santos, de 38 anos. Além dos abusos sexuais, ele era procurado por ter aplicado golpes financeiros. Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto.
De acordo com a delegada Gabriella Zaché dos Santos, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus, as investigações começaram no final do ano passado, quando a primeira vítima procurou a polícia para relatar os abusos. Ela informou que o criminoso aproveitava as sessões de massoterapia para tocar partes íntimas das clientes. Aterrorizadas, elas acabavam ficando sem reação.
Até o momento, seis vítimas denunciaram o homem. Elas são mulheres entre 18 e 20 anos; uma delas, porém, é mais nova: tem apenas 17 anos. Mesmo sem se conhecerem, o relato de todas era semelhante. Diante da acusações, o massoterapeuta chegou a ser ouvido na delegacia duas vezes, negando tudo. Há cerca de um mês, ele fechou a clínica e fugiu com a esposa para Minas Gerais, onde foi encontrado.
Com o fechamento da clínica, muitas clientes que já tinham feito pagamento de pacotes de procedimentos estéticos ficaram sem o dinheiro. Por esse motivo, além de responder por estupro e importunação sexual, Bruno é investigado por estelionato.
Outro crime pelo qual ele está sendo indiciado é "coação no curso do processo", visto que ameaçou uma das vítimas durante as investigações. Com medo, a moça de 18 anos chegou a depor dizendo que não tinha sofrido abusos; no entanto, depois que o homem saiu da cidade, ela voltou à delegacia e contou tudo.
Para a polícia, o massoterapeuta negou que tenha cometido abusos. A mulher dele, que também trabalhava na clínica, confirmou a versão do marido, apesar disso, ela também está sendo investigada.
A reportagem não localizou a defesa de Bruno. O espaço segue aberto.
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