O operador do brinquedo e o dono do parque de diversões onde uma mulher morreu e uma criança ficou gravemente ferida após caírem de um brinquedo permanecem presos no Centro de Detenção Provisória de Marataízes, no Sul do Espírito Santo.
O acidente ocorreu no último domingo (2) em Itaipava, no município de Itapemirim, onde o parque funcionava desde o ano passado. Vítima da tragédia, a professora Míriam de Oliveira Alves passava o fim de semana na cidade junto com a família, que é de Viana.
Ela teve uma lesão grave na cabeça e perdeu a perna esquerda ao ser arremessada de um brinquedo conhecido como surf e ser atingida várias vezes por ele após cair. Já a filha dela, de oito anos de idade, está internada na UTI do Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim e permanece em coma induzido.
De acordo com o delegado Thiago Viana, que cuida do caso, a perícia do brinquedo deverá ser feita essa semana. Segundo ele, o operador de máquinas Alessandro Martins, 23, que operava o equipamento, alega que houve uma falha mecânica.
No entanto, há possibilidade de que também tenha ocorrido falha humana, já que o profissional ingeriu álcool antes de trabalhar.
"O operador alega que o houve falha no equipamento, que ele se soltou e o freio também não funcionou. Ele fala que bebeu horas antes. Disse que ingeriu só uma dose de cachaça,mas os policiais detectaram sinais de embriaguez moderados nele", afirma Thiago Martins.
Por outro lado, o parque mantinha todas as condições legais para funcionar. O Corpo de Bombeiros informou que fez a vistoria e que foi verificado o documento de responsabilidade técnica do engenheiro responsável pela montagem mecânica e elétrica dos equipamentos.
Já o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-ES) disse que a estrutura foi montada conforme a anotação de responsabilidade técnica. O parque também possui laudo de vistoria referente às instalações elétricas e ao aterramento de equipamentos e brinquedos.
Quem presenciou o acidente continua traumatizado com o que viu. "O meu neto passou mal porque viu aquilo. Minha filha é socorrista, ela ajudou na hora, levou a menina para o hospital, ajudou o pai. O avô e a avó estavam desesperados, todo mundo estava. Foi uma coisa muito horrível. Nunca vi uma coisa dessas na minha vida", lembra a aposentada Lúcia de Oliveira.
Com informações do G1ES
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