Os 25 quilos de cocaína apreendidos em um navio atracado no Terminal Portuário de Vila Velha, no Espírito Santo, têm o valor estimado de US$ 2,5 milhões. Membros da Alfândega acreditam que a cocaína tenha mais de 90% de pureza, o que justificaria o preço tão alto. O destino da carga era o porto de Antuérpia, na Bélgica.
A apreensão aconteceu no final da manhã desta sexta-feira (10). A droga foi encontrada em uma espécie de "porta-malas" pequeno dentro de uma pá carregadeira.
A Receita Federal, inicialmente, descarta a participação da empresa dos tratadores que seriam levados no navio no crime, mas suspeita que parte da tripulação esteja envolvida no caso. "A gente chama isso de contaminação de carga porque o exportador não tem relação com droga apreendida. Os suspeitos violaram a carga, colocaram dentro de um compartimento e lacraram", explica Ewerson Chada, chefe da Divisão de Repressão da Sétima Divisão de Repressão, Contrabando e Descaminho da Receita Federal. A divisão abrange os estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.
A carga saiu do porto de Santos, em São Paulo, e seguiria para a Bélgica. A tripulação faria uma escala no Rio de Janeiro. O navio, no entanto, acabou se deslocando para o Espírito Santo, o que não estava previsto, e levantou a suspeita da Receita que começou a acompanhar a embarcação. Os auditores do Rio vieram até o Espírito Santo para fazer o flagrante.
"A Receita também recebeu vídeos do Porto de Santos que mostram que a droga saiu de barquinhos e foi içada para dentro do navio, o que justifica a suspeita contra parte da tripulação", esclarece Ewerson Chada.
O navio e a carga seguem apreendidos, sem prazo de liberação, para investigação da Polícia Federal.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta