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Duas advogadas são presas em operação do Nuroc no Espírito Santo

Duas advogadas são presas em operação do Nuroc no Espírito Santo

Um homem investigado por envolvimento em homicídios também foi preso durante a operação. O caso segue acompanhado pela Comissão de Prerrogativas da OAB

Publicado em 25 de agosto de 2019 às 05:33

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Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e Corrupção (Nuroc). (Caíque Verli)

Duas advogadas foram presas na manhã desta terça-feira (20) durante uma operação do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e Corrupção (Nuroc), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). As duas devem responder por associação criminosa e associação para o tráfico.

Um homem que responde a processo por envolvimento em homicídio também foi preso. Os três foram levados para a sede no Nuroc, na Enseada do Suá, em Vitória. Como envolve advogados, o caso está sendo acompanhado pela Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES).

OPERAÇÃO "PONTO CEGO"

A Sesp informou que a dupla foi presa durante a primeira fase da operação "Ponto Cego", que culminou no cumprimento de 10 mandados de prisão preventiva e outros três de busca e apreensão.

"A investigação apura a ação de advogados no auxílio a organizações criminosas, no sentido de transmitir informações de dentro do sistema prisional, para integrantes desses grupos que atuam no Estado. Mais detalhes serão repassados em entrevista coletiva, às 15h", diz comunicado enviado pela Secretaria de Segurança.

PRESÍDIOS 

Informações preliminares apontam que há cumprimento de mandados também dentro de presídios. Cartas manuscritas e informações trocadas entre elas e os clientes são algumas provas que levaram a polícia a chegar às advogadas. Uma mulher foi presa em Vitória e a outra em Vila Velha.

HABEAS CORPUS

A OAB vai entrar com um habeas corpus pedindo que elas sejam soltas ou que sejam levadas para uma Sala de Estado Maior. O membro da Comissão de Prerrogativas da OAB, Raphael Câmara, comentou o caso.

“São informações ligadas ao crime organizado. São informações que não competem aos advogados, segundo a polícia. Se for comprovado, essas advogadas serão exemplarmente punidas pela OAB”, disse.

BANDIDOS PERIGOSOS

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Segundo informações da OAB, um exame grafotécnico apontou que dezenas de cartas foram escritas pelas advogadas. De acordo com a polícia, a organização envolve bandidos de alta periculosidade.

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