O dono de uma das casas que seriam revistadas durante a Operação Caim X, em Vitória, foi morto duas horas antes da ação, no bairro Itararé. De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Vitória, a casa de Jorge Henrique dos Santos Feliciano, de 24 anos, era um dos pontos de cumprimento dos 20 mandados de busca e apreensão a serem cumpridos na Capital nesta quinta-feira (8). A operação começou às 5h30, mas às 3h30 Jorge morreu com uma facada no peito.
Segundo o delegado Marcelo Cavalcanti, a vítima tinha passagem pela polícia, mas a morte foi em decorrência de uma briga com a ex-mulher. "O assassinato não tem relação com o tráfico na região, mesmo ele sendo um dos alvos da operação. Ele teria ido à casa da ex-mulher, onde a ameaçou com uma arma. Durante a briga, ela usou uma faca para golpeá-lo. Foi legitima defesa", pontuou.
Com os policiais em campo desde cedo, a polícia conseguiu chegar à autora e às testemunhas do crime, que confirmaram a versão. Inclusive, entregaram a arma, uma pistola .40, que seria de Jorge. Já a ex-esposa entregou a faca usada. Ela foi ouvida e liberada, pois o delegado entendeu que a situação se tratou de legítima defesa.
Em Vitória, seis pessoas foram detidas e autuadas. Em todo o Espírito Santo, foram mais 150 policiais envolvidos em diversos pontos no interior e, na Grande Vitória, 180. Foram 16 presos em cumprimento de mandados de prisão por homicídio, 8 de mandados por outros crimes e 13 prisões em flagrante.
A Caim X contou com coordenação da Polícia Civil e integração com a Polícia Militar, Força Nacional e Guarda Municipal de Vitória.
O nome Operação Caim faz referência à história bíblica dos irmãos Caim e Abel e remete ao primeiro homicídio sobre o qual a sociedade teve conhecimento.
Durante os últimos quatro meses a Caim realizou nove fases, que resultaram na detenção de 327 pessoas, além da apreensão de 82 armas, 2.010 munições, 13 veículos, drogas e mais de R$ 88 mil em espécie.
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