A Polícia Civil prendeu dois criminosos acusados de matar um homem que conheceram por meio de um aplicativo de relacionamentos e marcaram um encontro entre os três na casa da vítima, em Bonfim, Vitória, no dia 8 de outubro de 2019. Os assassinos usaram uma faca e um espeto de churrasco para matar o homem, roubaram objetos de valor da residência, trocaram por drogas e passaram 24 horas consumindo bebidas alcoólicas e entorpecentes ao lado do corpo. A frieza como a dupla agiu chocou até mesmo a polícia.
A Polícia Civil não divulgou a identificação dos assassinos e do homem morto. De acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, a vítima era homossexual, conheceu os dois criminosos em um aplicativo de relacionamentos e marcou um encontro com eles.
"Os três marcaram um encontro na casa da vítima, no dia 8 de outubro de 2019. E na mesma noite o dono da residência foi assassinado com golpes de faca e espeto de churrasco. Depois, amarraram as mãos e os pés da vítima, a enrolaram em um lençol, roubaram o celular dela e foram em uma boca de fumo comprar drogas. Eles retornaram à casa e ficaram mais 24 horas bebendo e usando entorpecentes ao lado do corpo", afirmou o delegado.
Após 24 horas do crime, os assassinos roubaram outros objetos de valor e fugiram. Eles chegaram a ficar um tempo hospedados em hotéis da Ilha do Príncipe, em Vitória, e depois se separaram.
Cavalcanti conta que no dia 26 de março a polícia conseguiu prender um dos suspeitos, de 34 anos, que é natural de São Paulo. Ele foi detido em Cariacica e confessou o crime. Já na última sexta-feira (03), o segundo suspeito foi preso em Vila Velha. Ele é natural de Aracruz, tem 32 anos, e também confessou o assassinato. Eles foram autuados por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. A dupla foi encaminhada ao presídio.
O delegado Marcelo Cavalcante contou que a frieza dos assassinos em ficar ao lado do corpo por horas chocou até a polícia. "Isso é algo que choca até nós da polícia, que estamos acostumados a investigar homicídios", afirmou.
Já o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, classificou os criminosos como psicopatas. "Chama atenção a frieza e a falta de remorso. Estamos diante de psicopatas. Pessoas que não têm sentimentos pelo outro ou remorso e querem saber tão somente do seu próprio prazer. Infelizmente estamos vivendo isso no dia a dia das delegacias de homicídio. Pessoas matando as outras e ficando ao lado corpo, se alimentando ao lado corpo, como se nada tivesse acontecido", lamentou.
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