A Polícia Civil de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, confirmou que o atirador e o piloto da moto usada no assassinato de Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, que estava grávida de oito meses, cometeram o crime em troca da quantia de R$ 5 mil, dividida entre eles. A informação foi divulgada pelo g1 Norte Fluminense.
A delegada Nathalia Patrão confirmou que o valor chegou a ser pago. Segundo relato de um familiar da vítima ao g1 Norte Fluminense, o companheiro de Letycia, o professor e empresário capixaba Diogo Viola, que foi preso suspeito de ser o mandante do crime, passava por problemas financeiros e, dias antes do assassinato, chegou a pedir R$ 16 mil à companheira — que era engenheira — mas ela negou o empréstimo.
Ainda segundo informação do familiar, Diogo havia pedido para que Letycia vendesse o carro dela, para conseguir uma quantia maior para resolver os problemas financeiros.
Letycia foi morta com, pelo menos, cinco tiros na noite de 2 de março. Os bandidos pararam de moto ao lado do carro em que a vítima estava e cometeram o crime. A mãe de Letycia, que estava do lado de fora do veículo, ainda tentou impedir a fuga dos criminosos e foi baleada.
Médicos chegaram a fazer o parto de Hugo, o bebê de Letycia, mas ele não resistiu. Mãe e filho foram enterrados juntos. Diogo chegou a chorar segurando o caixão da criança. Há a suspeita de que Diogo seja pai do bebê, mas ele se recusou a fazer o teste de DNA. Os advogados de Diogo não falaram com a imprensa.
Segundo a polícia, Letycia e Diogo mantinham um relacionamento amoroso. A mãe de Letycia, Cíntia Peixoto, explica que a filha cobrava que o companheiro a apresentasse para a família dele. “O relato que a gente tinha era que o Diogo foi casado e que ele tinha problemas com a ex-esposa por não aceitar o término, e ela tinha um impasse jurídico de separação de bens”, disse Cíntia.
Diogo Viola era professor do Instituto Federal Fluminense (IFF). A instituição emitiu nota lamentando o caso. Letycia foi aluna do instituto.
"O Instituto Federal Fluminense lamenta profundamente a morte brutal da ex-aluna Letycia Peixoto Fonseca e de seu filho Hugo. A instituição está completamente consternada com essa situação e está tomando a providência administrativa cabível neste momento, após a prisão do servidor Diogo Viola de Nadai, que é a suspensão de seu salário. Em virtude do fato estar no âmbito criminal e não relacionado ao exercício de sua função como professor na instituição, qualquer outra ação administrativa dependerá de decisão judicial", disse o IFF.
* Com informações do g1 Norte Fluminense
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