"É a segunda filha que eu perco por causa de homem". Esse é o desabafo de Ângela Maria Gomes dos Santos, de 59 anos, mãe da camareira Genaína Gomes dos Santos, morta pelo marido na frente dos filhos, na madrugada desta quinta-feira (05), em Rio Branco, Cariacica.
Há 15 anos, Ângela viveu a mesma dor de perder uma filha, Sara Gomes dos Santos, que foi morta aos 16 anos após ser agredida a pauladas pelo companheiro. Sara morreu no dia do aniversario de 1 ano da filha e neta de Ângela.
"Tem 15 anos que uma foi, agora vai a outra. Eles deviam ter deixado minhas filhas em paz", diz Ângela, aos prantos.
O marido de Sara, segundo Ângela, chegou a ser preso, mas foi solto e depois fugiu. Nunca mais foi visto pelos familiares da vítima.
Ângela agora espera um desfecho diferente para esse novo caso de feminicídio na família. "Quero que a família encontre ele (suspeito de matar Genaína) e que ele fique preso. Não traz minha filha de volta, mas quero justiça", reforçou.
Um dos filhos relatou para a polícia que o pai dele e marido da mulher, após fazer uso de álcool e drogas, deu facadas no pescoço da vítima por não aceitar o pedido de separação da esposa. Segundo um amigo de Genaína, parentes da mulher ouviram os gritos de desespero das crianças e acionaram a Polícia Militar por volta das 2h30. Quando os militares e o Samu chegaram ao local, a vítima já estava sem vida. Esse amigo, que não se identificou, confirmou o que disse a família e relatou que o casal tinha uma relação conturbada.
Horas antes de ser assassinada, segundo a família, a camareira chegou a chamar a Polícia Militar após ser ameaçada pelo companheiro.
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