Ela me deu um abraço e disse pai, já estou indo. Foi assim que a jovem Karoline Vitória Souza Nascimento, 15 anos, se despediu do pai, na noite do último sábado (21), em Jardim Tropical, na Serra. O que ele não sabia, era que seria a última vez que veria a filha.
O corpo da estudante Karoline foi encontrado às margens da Rodovia Serafim Derenzi, na altura do bairro Fonte Grande, em Vitória, por volta das 5 horas de segunda-feira (23). Um vigilante que passava pelo local foi quem avistou o corpo enrolado em um lençol e acionou a polícia. No corpo, havia marcas de tiros e lesões.
O pai de Karoline, Vander Nascimento, contou que esteve com a filha no sábado (21), por volta das 19h30. Ela tinha dito que ia para a casa de uma amiga dela, que conhecemos e mora no mesmo bairro que a gente, e que voltaria no domingo pra casa. No domingo, iria para a praia e até dei dinheiro para ela pra isso. Como era uma amiga que conhecíamos e de nossa confiança, não vimos problema algum, lembrou o pai da adolescente.
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Porém, no domingo (22) de manhã, Karoline não retornou para casa da mãe. Ficamos igual uns loucos, ela não atendia o telefone, já dava desligado, e passamos a nos desesperar ainda mais. Ligamos para a colega que dormiria e disse que Karoline não havia ido à casa dela. Hoje, porém, uma amiga dela viu fotos nas redes sociais e disse que poderia ser ela. chegamos aqui e pela foto reconhecemos, contou o pai entre lágrimas.
Vander foi à delegacia e, infelizmente, confirmou que o corpo encontrado em Vitória era da filha. Ela sempre teve um relacionamento bom com a gente, nunca foi de sair e de ficar sem dar notícias não. Não temos a mínima ideia do que aconteceu, não temos contatos ou sequer parentes em Vitória, contou.
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Em meio à dor da perda, o pai disse que o velório aconteceria em Jardim Tropical, na Serra. Era minha única menina. O carinho que ela tinha comigo e todas as lembranças vão ficar comigo. Isso tudo acabou com a nossa vida, não sei de onde vou tirar forças para criar os meus outros dois meninos. Nem tudo o que a gente faz por um filho é o bastante, demos do bom e do melhor. Ela era muito fechada, ligada na internet, não deixava a gente ver direito o que fazia no celular, não sei. É desesperador tudo isso, lamentou.
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