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Em 10 dias, 3 membros do PCV presos: "Não há liderança como Marujo", diz delegado

Em 10 dias, 3 membros do PCV presos: "Não há liderança como Marujo", diz delegado

Em pouco mais de uma semana, a facção que atua fortemente na Grande Vitória teve integrantes importantes na hierarquia detidos pela polícia; com o líder Marujo preso, grupo tenta se reorganizar

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 16:09

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"B2", "CH" e "Peida leite", os três do PCV, foram presos nos últimos dias na Grande Vitória. (Montagem | Reprodução)

Os últimos dias foram de operações das polícias na Grande Vitória, que resultaram na prisão de três integrantes do Primeiro Comando de Vitória (PCV), facção criminosa que atua no Bairro da Penha e no Bonfim, na capital.

Em menos de dez dias, foram presos: Felipe Dias do Espírito Santo, o "B2", André Israel Xavier Cruz, o "CH" e Rhuan Cannygia Chenneman Batista, o 'Peida Leite'. A última prisão foi de Rhuan, na noite de quarta-feira (16), em Ataíde, Vila Velha. A Polícia Civil considera as prisões importantes e entende que, neste momento, não há uma liderança que centralize o poder, como Fernando Moraes Pimenta, o Marujo, preso em março deste ano.

O coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), delegado Alan Moreno de Andrade, explicou que o PCV tem a intenção de expandir ainda mais a atuação no tráfico de drogas. Rhuan Cannygia Chenneman Batista, o "Peida leite", e André Israel Xavier Cruz, o "CH", atuavam nesta missão, inclusive. Felipe Dias do Espírito Santo, o "B2", era considerado braço-direto do Marujo.

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Sabíamos que o PCV não ia acabar com a prisão do Marujo. Mas sempre que há uma prisão importante, há uma quebra. Com relação ao PCV, não vimos uma liderança como se fosse o Marujo. Inclusive, uma determinação da polícia é trabalhar para prender pessoas com poder de comando para não surgir uma liderança

Alan Moreno de Andrade
Coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat)
Aspas de citação

O delegado explicou ainda que é interessante para o tráfico, de alguma forma, a existência de vários gerentes. Assim, o poder é descentralizado e há menor risco para o comando da facção.

"Cada bairro tem, no mínimo, seis gerentes. Há várias funções, dependendo da droga. As pessoas estão na cadeia de comando, e o tráfico não se limita a poucas pessoas. Se eles tomaram um banho [prejuízo] do gerente, o prejuízo é menor", detalha.

Após a prisão de Fernando Moares Pimenta, o Marujo, alguns integrantes da facção adquiriram responsabilidades - no caso de "Peida leite", a administração do tráfico em bairros de Cariacica e Vila Velha. Rhuan Cannygia Chenneman Batista foi preso em um apartamento durante uma operação no bairro Ataíde, em Vila Velha. Ele é membro da alta hierarquia do PCV e fugiu da Penitenciária Semiaberta de Cariacica I em agosto de 2019.

O coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), delegado Alan Moreno de Andrade, explicou que o PCV tem a intenção de expandir ainda mais a atuação no tráfico de drogas em cidades como Vila Velha e Cariacica. Alan Moreno de Andrade não descarta a influência de Marujo mesmo após a prisão, em março deste ano.

No local em que Rhuan foi preso, em Vila Velha, policiais apreenderam uma pistola e um caderno com anotações do tráfico de drogas. As informações contidas no caderno teriam saído de dentro de presídios. Ainda segundo o delegado, prisões como a de Marujo e Rhuan são relevantes para a atuação da polícia.

A prisão foi efetuada em cooperação entre equipes do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio da Subsecretaria de Inteligência (Sei), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social.

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