Uma decisão da Justiça capixaba em segunda instância mudou o entendimento no caso do acidente que matou a ginasta Eduarda Mello Queiroz na BR 262, em Viana, no dia 16 de setembro de 2012. Em sessão realizada nesta quarta-feira (30), desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES) decidiram, em unanimidade, pela absolvição do motorista Luiz Felipe Morozewsky — contrariando a sentença anterior, que o condenava pela morte da jovem.
A sessão no TJES aconteceu de forma breve, dispensando inclusive a sustentação oral que seria feita pela defesa do réu. Em conversa com a reportagem de A Gazeta, o advogado Edimário Araújo da Cunha comentou estar satisfeito com a decisão. “Lutamos pela absolvição há 10 anos. Houve a confirmação de todas as provas que produzimos nesse tempo. Apesar de ainda caber recurso, estamos confiantes e contentes”, disse.
Em janeiro de 2020, a Justiça havia condenado Luiz Felipe a uma pena de dois anos e seis meses de detenção pela morte de Eduarda Mello Queiroz, com a substituição da prisão pela pena restritiva de direitos, como a prestação de serviços à comunidade, além de dois anos de suspensão da Carteira Nacional Habilitação (CNH).
No recurso apresentado ainda naquele ano, o advogado argumentou, entre outras alegações, que chovia no momento do acidente, o que impediu marcas de frenagem na pista. Para comprovar, foi juntado depoimento da Polícia Rodoviária Federal, feito à época do acidente, em que foi dito que o veículo havia derrapado por conta de água na estrada.
Segundo a defesa do acusado, Luiz Felipe e Natália Gáudio, também presente no momento da tragédia, estão nos Estados Unidos no momento e comemoraram a decisão do tribunal.
A reportagem procura a mãe da vítima, Mônika Queiroz, para comentar o caso, e, assim que houver posicionamento, este texto será atualizado.
Eduarda era filha da ex-técnica da seleção brasileira de ginástica rítmica Mônika Queiroz. A jovem voltava de uma festa em Marechal Floriano no Honda Civic que era conduzido por Luiz Felipe. No carro também estava a ginasta Natália Gáudio, então bicampeã brasileira da modalidade.
De acordo com a polícia, o motorista não conseguiu fazer uma curva e desceu cerca de 20 metros em um barranco. O veículo capotou várias vezes. Eduarda estava no banco de trás e não usava cinto de segurança. Ela foi arremessada para fora do carro e morreu no local.
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