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Em 2ª instância, Justiça do ES inocenta motorista por morte de ginasta

Em 2ª instância, Justiça do ES inocenta motorista por morte de ginasta

Decisão nesta quarta (30) de desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJES contraria sentença de 2020, que condenava Luiz Felipe Morozewsky pela morte de Eduarda Mello Queiroz

Publicado em 30 de março de 2022 às 20:49

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Ginasta Eduarda Mello Queiroz morreu em acidente na BR 262, em Viana, em 2012
Ginasta Eduarda Mello Queiroz morreu em acidente na BR 262, em Viana, em 2012. (Marcos Fernandez | Acervo - TV Gazeta)

Uma decisão da Justiça capixaba em segunda instância mudou o entendimento no caso do acidente que matou a ginasta Eduarda Mello Queiroz na BR 262, em Viana, no dia 16 de setembro de 2012. Em sessão realizada nesta quarta-feira (30), desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES) decidiram, em unanimidade, pela absolvição do motorista Luiz Felipe Morozewsky — contrariando a sentença anterior, que o condenava pela morte da jovem.

A sessão no TJES aconteceu de forma breve, dispensando inclusive a sustentação oral que seria feita pela defesa do réu. Em conversa com a reportagem de A Gazeta, o advogado Edimário Araújo da Cunha comentou estar satisfeito com a decisão. “Lutamos pela absolvição há 10 anos. Houve a confirmação de todas as provas que produzimos nesse tempo. Apesar de ainda caber recurso, estamos confiantes e contentes”, disse.

Luiz Felipe Morozewsky, motorista que conduzia o carro em acidente que matou a ginasta Eduarda Mello Queiroz
Luiz Felipe Morozewsky, motorista que conduzia o carro em acidente que matou a ginasta Eduarda Mello Queiroz. (Acervo | TV Gazeta)

Em janeiro de 2020, a Justiça havia condenado Luiz Felipe a uma pena de dois anos e seis meses de detenção pela morte de Eduarda Mello Queiroz, com a substituição da prisão pela pena restritiva de direitos, como a prestação de serviços à comunidade, além de dois anos de suspensão da Carteira Nacional Habilitação (CNH).

No recurso apresentado ainda naquele ano, o advogado argumentou, entre outras alegações, que chovia no momento do acidente, o que impediu marcas de frenagem na pista. Para comprovar, foi juntado depoimento da Polícia Rodoviária Federal, feito à época do acidente, em que foi dito que o veículo havia derrapado por conta de água na estrada.

Segundo a defesa do acusado, Luiz Felipe e Natália Gáudio, também presente no momento da tragédia, estão nos Estados Unidos no momento e comemoraram a decisão do tribunal.

Ginasta Natália Gáudio estava no carro em acidente na BR 262, em Viana
Ginasta Natália Gáudio estava no carro em acidente na BR 262, em Viana. (Acervo | TV Gazeta)

A reportagem procura a mãe da vítima, Mônika Queiroz, para comentar o caso, e, assim que houver posicionamento, este texto será atualizado.

RELEMBRE O CASO

Eduarda era filha da ex-técnica da seleção brasileira de ginástica rítmica Mônika Queiroz. A jovem voltava de uma festa em Marechal Floriano no Honda Civic que era conduzido por Luiz Felipe. No carro também estava a ginasta Natália Gáudio, então bicampeã brasileira da modalidade.

Ginasta Eduarda Mello Queiroz, 17 anos, morta em acidente na BR 262, em Viana
Ginasta Eduarda Mello Queiroz, 17 anos, morta em acidente na BR 262, em Viana. (Acervo pessoal)

De acordo com a polícia, o motorista não conseguiu fazer uma curva e desceu cerca de 20 metros em um barranco. O veículo capotou várias vezes. Eduarda estava no banco de trás e não usava cinto de segurança. Ela foi arremessada para fora do carro e morreu no local.

Em segunda instância, Justiça do ES inocenta motorista por morte de ginasta

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