Após se cadastrarem para receber o auxílio emergencial — benefício do governo federal, 17 pessoas que estavam com mandado de prisão em aberto foram presas no Espírito Santo. Segundo a Polícia Civil, as detenções aconteceram ao longo de três semanas, entre o dia 21 de julho e esta quarta-feira (11), após levantamentos da Controladoria Geral da União (CGU) e da Caixa Econômica Federal.
As prisões aconteceram na Grande Vitória e no interior do Estado. Entre os detidos, destacam-se um recapturado, dois já condenados por homicídio e um condenado por tráfico internacional de drogas. Também foi preso um homem com mandado de prisão preventiva por estupro, outro por ameaça na Lei Maria da Penha e um por assassinato. A polícia divulgou fotos de 15 das 17 pessoas presas. Confira:
Dos 17 mandados cumpridos na "Operação Parcela Indevida" em território capixaba, dez são referentes a crimes cometidos no Espírito Santo. Já os demais são por crimes que ocorreram em Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, cujos autores estavam foragidos no Estado.
À frente da Superintendência de Polícia Interestadual e de Capturas (Supic), o delegado Júlio Cesar destacou que não se trata de fraude no pedido do auxílio emergencial, visto que os criminosos se encaixavam nos pré-requisitos para receber o benefício. Porém, ao dar entrada no pedido, eles se arriscavam.
"Todo o procedimento de inscrição deles, na expectativa de receber auxílio emergencial, foram cumpridos à risca. Não existe nenhuma lei que proíba o cidadão que tem mandado de prisão em aberto de receber auxílio emergencial. Conseguimos as prisões por meio de relatório circunstanciado da Controladoria-Geral da União, que consegue identificar, com o cruzamento de dados, pessoas que receberam auxílio que estejam com mandado de prisão em aberto nos Estados da federação", disse o delegado
O delegado também ressaltou que a operação foi realizada ao longo de vários dias e sem divulgação, para que outros procurados não conseguissem fugir. Isso, segundo o titular da Supic, fez com que fosse possível localizar e prender mais indivíduos por meio do trabalho de inteligência da polícia.
"Nós preferimos esse modelo de operação, por meio do gabinete de gestão de crise comandado pelo doutor Arruda, porque detectamos que, em outros Estados, as operações em massa não surtiram o efeito de um montante razoável no volume de prisões. Daí a importância do trabalho de inteligência, porque nem sempre o endereço que está no relatório da CGU é exatamente aquele endereço que o elemento deu. Às vezes, dá um endereço próximo, o de algum amigo ou de parente", concluiu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta