Uma família marcada pela violência. Em nove dias, os primos e o tio e padrasto deles foram assassinados a tiros em Vila Velha. No dia 24 de dezembro, os primos Allan Fernandes Nunes dos Santos, de 25 anos, e Edgar Nunes Oliveira, de 16 anos, foram executados por dois homens armados. Eles estavam sentados na porta da casa de um deles.
Na noite desta quinta-feira (2), Valdemir Rauta, de 34 anos, o Nem, foi ferido por uma bala perdida ao passar pela Avenida Jerônimo Monteiro, em Aribiri. Ele morreu no local. De acordo com a Polícia Civil, o alvo eram dois homens que estavam conversando com um amigo em frente à uma casa de rações. A dupla, que trabalha como alpinista predial, foi baleada.
Um dos alpinistas, de 28 anos, relatou à polícia que estava conversando com amigos em uma calçada da avenida quando o grupo decidiu comprar picolé. Neste momento, um homem armado com uma pistola em punho se aproximou e atirou na direção deles. Assustado, o homem de 28 anos correu. Um colega dele, de 32 anos, tentou pegar a pistola da mão do criminoso, mas não conseguiu e resolveu fugir correndo.
Na fuga, o jovem de 28 anos foi atingido com um tiro nas nádegas. Ele foi levado por populares para o Hospital Antônio Bezerra de Farias, no mesmo município. Já o homem que tentou pegar a arma do atirador foi ferido com um tiro nas costas e outro na perna. Ele foi levado pelo Samu para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência, o antigo São Lucas, em Vitória.
Uma zeladora de 37 anos, parente de Valdemir, disse que ele era tio de Alan e padrasto de Edgar. A vítima trabalhava como alfaiate. Ele morreu a cerca de 600 metros de distância de casa. O alfaiate era casado e deixou uma filha de 13 anos. O corpo dele será velado na Capela Mortuária do bairro. O horário de sepultamento ainda não foi informado pela família.
O Nem morreu de graça. Ele estava voltando para a casa. Disseram que ele tomou o tiro e continuou pilotando. Pouco depois, sentiu uma dor, parou a moto e sentou no chão. Infelizmente, não suportou e morreu lá mesmo. Ele era um homem trabalhador, do bem, todo mundo gostava dele no bairro. Agora vamos aguardar a polícia investigar, disse a familiar.
A zeladora contou que a esposa e a filha de Valdemir estão muito abaladas. As duas não quiseram comentar o crime à reportagem na manhã desta sexta-feira (3). Nosso Natal e réveillon foram de muita tristeza. Não teve graça, não tivemos nada para comemorar. Agora, acontece isso. A gente nem sabe o que lamentar e chorar mais, lamentou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta