Ao menos três artefatos explosivos precisaram ser detonados pelo Esquadrão Antibombas da Polícia Militar, em Vitória, no intervalo de um mês. A situação mais recente aconteceu na manhã deste sábado (16). De 15 de setembro até este sábado, dia 16 de outubro, Andorinhas, Nova Palestina e Praia do Suá, bairros que ocupam diferentes áreas do território da Capital, foram palco de ação para impedir que granadas e bombas explodissem, gerando ainda mais prejuízo e riscos aos moradores.
As bombas nem sempre têm origem conhecida, às vezes são apontadas como resposta no cenário do tráfico de drogas, mas sempre causam transtornos aos populares. A estratégia inicial da Polícia Militar é interditar a área, inviabilizando o trânsito de veículos e a locomoção das pessoas.
Os moradores ficam apreensivos, sem saber o que o objeto pode causar. O comércio da região, em consequência, fecha as portas. Em Andorinhas, o risco de tiroteio seguido pela suspeita de bomba deixou as crianças sem aulas presenciais.
A detonação é feita pelo Esquadrão Antibombas do Batalhão de Missões Especiais (BME), da Polícia Militar.
A granada de fabricação caseira que motivou o isolamento de uma rua em Andorinhas foi detonada algumas horas após ter sido encontrada. A ocorrência foi na tarde de uma quarta-feira, 15 de setembro. O local onde estava o artefato fica ao lado da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Izaura Marques da Silva. À época, a Secretaria de Educação de Vitória informou que os alunos foram atendidos por meio do serviço emergencial remoto, sem a presença dos estudantes no local.
Segundo o soldado Pedro Frasson, a bomba poderia ter machucado várias pessoas. Dentro do artefato havia objetos cortantes, como pregos e pedaços de metal.
A bomba foi deixada no local após moradores relatarem uma troca de tiros ainda durante a manhã.
A Polícia Militar não soube informar quem deixou o artefato no local e se há relação com os disparos ouvidos pelos moradores.
A fotógrafo Fernando Madeira, de A Gazeta, esteve no local e registrou uma sequência de imagens. As fotos mostram o cuidado dos militares para retirada e detonação do objeto. Veja abaixo:
Há muitas semelhanças entre o ocorrido em Andorinhas e o que foi registrado em Nova Palestina, na região da Grande São Pedro. Uma delas é a própria bomba deixada no local. Segundo o soldado Kennedy Menezes, do Esquadrão Antibombas, o artefato é semelhante a outros que já foram encontrados na Grande Vitória. "Tem o mesmo padrão do que foi localizado em Andorinhas", disse.
Uma outra semelhança é o risco em que vivem os moradores. A comunidade foi surpreendida pelo artefato às 7h da manhã do dia 25 de setembro. Mas antes disso, durante a madrugada, moradores relataram ter ouvido disparos de arma de fogo, assim como aconteceu em Andorinhas.
Após a troca de tiros, um morador que andava pela rua encontrou a granada. Ela foi explodida por volta das 11 horas da manhã.
Ainda no dia 25 de setembro, um morador teve a casa incendiada em Nova Palestina. Em vídeo enviado por leitor de A Gazeta, há relato de que "15 meninos desceram armados para colocar fogo na casa".
O caso mais recente de granada detonada pelo esquadrão antibombas foi na Praia do Suá, neste sábado (16). Os militares foram acionados durante a manhã, após uma moradora encontrar o artefato. A bomba da Rua Neves Armond foi detonada às 13h30.
As semelhanças entre o caso recente e os registros citados anteriormente são a interdição do local e os riscos aos populares que moram na região.
Diferente do que aconteceu na Praia do Suá, moradores de Andorinhas e Nova Palestina já viviam uma rotina de terror quando foram surpreendidos pela granada. O episódio foi mais um na série de problemas do cotidiano.
As três bombas foram explodidas sem causar ferimentos aos moradores, apesar da apreensão gerada.
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